Musculação: treinar com peso leve pode ser tão eficiente quanto pegar pesado
Levantar acessórios cada vez mais pesados pode não ser tão eficiente quanto fazer repetições com pesos mais leves. Entenda a relação
Antes de começar a sua próxima série de musculação, você precisa ler este estudo que, segundo os pesquisadores, vai transformar a forma como as pessoas estão puxando peso. De acordo com a análise realizada na Universidade McMaster, no Canadá, quem costuma fazer musculação com pesos relativamente leves pode conseguir tanta força muscular quanto àqueles que pegam pesado na malhação. Na verdade, o truque é programar o treino corretamente para conquistar tais resultados. A fórmula, de acordo com os cientistas, é: pegar pesos 80% ou 90% mais leves do que você está acostumado e fazer, no mínimo, 10 repetições ou até chegar à fadiga muscular. Isso porque esse tipo de estímulo aumenta a produção de testosterona e hormônio de crescimento no organismo.
Na ocasião, 49 homens jovens ativos (que seguiam um treino de força por um ano ou mais) foram divididos em dois grupos aleatórios. O primeiro seguiu a forma tradicional de musculação, carregando pesos mais pesados (algo em torno de 75% e 90% da capacidade máxima de um homem) e elevar até não conseguir mais realizar o movimento, geralmente após cerca de 10 repetições. O segundo foi orientado a seguir uma rotina mais leve (algo em torno de 30% e 50% da capacidade máxima de um homem) e realizar os movimentos até atingir a fadiga muscular, em média, 25 repartições. Todos os participantes foram testados quatro vezes por semana durante 12 semanas.
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Os resultados foram evidentes: não houve nenhuma diferença significativa entre os dois grupos. Todos os homens tinham ganhado força e músculos e, para a surpresa dos cientistas, esses ganhos foram quase idênticos, independente se tinham levantado acessórios pesados ou leves. Curiosamente, os pesquisadores não encontraram nenhuma ligação entre as mudanças nos níveis hormonais e os ganhos de força e tonificação muscular. Após os exercícios, todos os corpos apresentavam mais testosterona e hormônio de crescimento humano.
Vale ressaltar que a análise ainda está em sua fase inicial e os responsáveis desejam realizar o teste futuramente em mulheres e idosos. “Os dados provam que a musculação pode ser muito mais fácil e menos intimidadora dos as pessoas imaginam. Tudo é uma questão de adaptação. Além de incentivar mais adeptos, o resultado do estudo também pode ajudar a diminuir o número de lesões em academias”, explica Dr. Stuart Phillips, professor da universidade e um dos responsáveis pela pesquisa.