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Conviver com suas amigas não faz vocês menstruarem juntas

A sincronização curiosa notada por muitas mulheres não tem embasamento científico

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 15h02 - Publicado em 27 out 2017, 17h38

Quando o assunto é menstruação, não faltam dúvidas e mitos para nos deixar confusas. Um dos mais famosos é a crença de que os ciclos menstruais se alinham. Por muito tempo, mulheres observaram que seus dias no vermelho aconteciam no mesmo momento que suas amigas ou familiares com quem passavam a maior parte do tempo.

Até hoje, nenhum estudo provou a existência de combinação de datas. A primeira pesquisa conhecida sobre o tema, realizada em 1971, introduziu a ideia do “útero alfa”, um órgão com forte atração hormonal que influenciaria outros em torno dele para ovular e menstruar juntos. Outras teorias acreditam na “sincronia socialmente mediada”, que seria uma sintonia feminina para tornarem-se sexualmente receptivas.

Para tirar a dúvida à prova, o aplicativo Clue fez uma pesquisa com suas usuárias, perguntando se elas achavam que seus ciclos tinham sido parelhados com o de outras mulheres que também usavam o app e qual era o tipo de relacionamento com essas pessoas (amigas, irmãs, mães/filhas, parceiras, companheiras de quarto ou colegas), se moravam juntas e se estavam no controle de natalidade hormonal. Após o recebimento de 1 500 respostas, os responsáveis pelo levantamento escolheram 360 duplas que já haviam tido pelo menos três ciclos em períodos próximos.

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Eles acompanharam a menstruação dessas mulheres durante 90 dias e chegaram a resultados curiosos. Ao final do estudo, as datas de início do ciclo menstrual de 273 pares apresentaram uma divergência maior do que no início. A diferença média no início foi de 10 dias e 38 dias no final. Apenas 79 duplas tiveram datas mais próximas do que no começo da investigação.

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Também foi observado que viver no mesmo ambiente não aumentou a probabilidade de sincronização: 37% (100 de 273) das mulheres com datas de início do ciclo divergentes viviam juntas em comparação a 24% (19 de 79) daquelas com datas de início do ciclo convergente.

De acordo com os resultados, os ciclos são, na verdade, mais propensos a divergir entre si em vez de se sincronizarem ao longo do tempo.

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