Azeites proibidos: Anvisa veta seis marcas por irregularidades
Confira também dicas para escolher o produto e evitar golpes

Na segunda-feira (26), mais duas marcas de azeite foram proibidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): Grego Santorini e La Ventosa. A denúncia partiu do Ministério da Agricultura.
Na semana passada, a Anvisa já havia vetado as marcas Alonso, Quintas D’Oliveira, Almanara e Escarpas das Oliveira.
Grego Santorini e La Ventosa: o que aconteceu?
Os produtos da Grego Santorini e da La Ventosa estavam fora dos padrões legais e rotulagem e tinham outras irregularidades, de acordo com a publicação oficial. Dessa forma, foram enquadrados como alimentos corrompidos ou adulterados.
Em seus rótulos, apenas as embaladoras eram identificadas: Intralogística Distribuidora Concept Ltda, da Grego Santorini, e Caxias Comércio de Gêneros Alimentícios Ltda.
Na Receita Federal, os CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) das duas empresas embaladoras constam como suspensos por inconsistência cadastral.
Como escolher azeites de oliva e evitar golpes na hora da compra
A principal forma de descobrir se o azeite é de qualidade é provando. No entanto, a gente sabe que, na maioria das vezes, não é possível fazer isso. Então, a primeira dica é prestar atenção no tipo do produto.
Segundo Pedro Calazans, diretor comercial da Selecionados Uniagro, o mais recomendado é investir no extra virgem.
Além disso, é recomendado prestar bastante atenção nas informações que estão no rótulo do produto.
Ele diz que é interessante avaliar, por exemplo, o índice de peróxidos, que revela a quantidade de oxigênio ativo no azeite e pode servir como um indicador de qualidade e frescor. Para o azeite extravirgem, o índice de peróxidos deve ser, no máximo, 20 meq/kg.
Outro detalhe a ser observado é o nível de acidez do produto. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento classifica um azeite como extra virgem quando ele tem acidez de até 0,8%.
Também não se esqueça de checar a origem de fabricação e de envase do azeite de oliva. “O produto deve ser embalado na origem de produção, para manter a característica organoléptica [características percebidas por nossos sentidos, como paladar e olfato. O ideal é a azeitona ser colhida durante a manhã e o azeite já ser processado durante a tarde, para ter uma redução do impacto da oxidação da azeitona e obter um azeite mais fresco”, comenta.
Segundo Calazans, quanto mais novo for o azeite de oliva, melhor. Por isso, vale a pena dar uma olhada na data de fabricação antes de adquirir o produto.
“Com o passar dos anos, o azeite, mesmo dentro da garrafa, vai perdendo um pouquinho da sua qualidade, podendo perder toda sua potência e sabor”, ressalta.
Como reconhecer um azeite adulterado?
O profissional explica que a coloração de um azeite extra virgem é uniforme e concentrada, podendo variar entre verde e dourado. Portanto, fique longe dos produtos que sejam muito claros ou transparentes.
Outro sinal que pode indicar a adulteração do azeite de oliva é a presença de um cheiro de óleo bem forte. “Os azeites de boa qualidade não têm esse cheiro forte de óleo composto”, diz.
“Então, ao comprar no supermercado, que não dá para provar o produto para saber se é adulterado ou não, o ideal é que utilize a questão da avaliação da garrafa, como indicado anteriormente”, finaliza.
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