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Acne de estresse: o que é e como prevenir

Surgindo na "região T" do rosto, elas aparecem nos períodos difíceis

Por Amanda Ventorin
Atualizado em 21 out 2024, 16h35 - Publicado em 2 ago 2022, 10h00
menina estourando espinha
 (Polina Tankilevitch/Pexels)
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Nossa mente e pele estão intimamente conectados. A qualidade e aparência da pele influenciam diretamente na autoestima e também no conforto, já condições de estresse e ansiedade podem causar o envelhecimento precoce da pele, isso porque são provenientes do mesmo tecido embrionário e dessa forma a pele possui neurotransmissores diretamente ligados aos nossos neurônios que provocam trocas entre as reações destes dois órgãos.

“Chamo esse fenômeno de anxi-aging, é o aceleramento do envelhecimento cutâneo devido ao estresse crônico e ansiedade, que hoje são as grandes epidemias de saúde mental que atingem nossa sociedade. O estresse também pode piorar condições de pele pré-existentes como a rosácea e a acne, isso também por conta do aumento de radicais livres e nível de inflamação no corpo. Um corpo inflamado leva a uma pele inflamada e que fica mais propensa ao surgimento de acne” explica Fernanda Chauvin, especialista em dermatocosmética.

COMO O ESTRESSE PODE SER A CAUSA DAS ACNES?

A chamada acne de estresse, é ocasionada pelos seus hormônios do estresse, que aumentam e acionam suas glândulas sebáceas para produzir mais óleo, o que desencadeia crises de acne. “A característica clínica é semelhante, só que o fator causal é diferente da acne convencional. Ela não tem relação, por exemplo, com o ciclo menstrual e sim com a semana de provas, por exemplo, um período mais estressante” conta a dermatologista Meire Gonzaga.

Mas como saber diferenciar as acnes de estresse e hormonais?

O local onde essas espinhas surgem também pode dizer muito. “A acne de estresse ocorre mais em áreas ricas em glândulas sebáceas como a fronte, nariz e a famosa linha T que une as duas. Já a acne mais no queixo e mandíbula tem uma característica mais hidrogeniônica”, conta José Roberto Fraga Filho, dermatologista. A acne do estresse também é acompanhada por sinais reveladores como vermelhidão e coceira.

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QUAIS AS CAUSAS?

Estresse, é claro, mas é um pouco mais complicado do que isso. De acordo com uma revisão de pesquisa de 2017 no The Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology, “um questionário autoadministrado e validado por dermatologistas de 3.305 mulheres com idades entre 25 e 40 anos na França” revelou que a acne adulta foi relatada por 41% das mulheres, e que “o estresse foi listado como um fator precipitante para a acne em metade das mulheres pesquisadas”. 

Isso acontece pois o estresse emocional desencadeia um aumento da liberação do hormônio do estresse cortisol. Esse aumento desencadeia uma resposta sistêmica dentro do corpo que tem o potencial de afetar o sistema imunológico, o sistema digestivo, o sistema reprodutivo e os processos de crescimento, segundo estudos. Ou seja, quando os níveis de cortisol aumentam, eles interrompem os níveis de hormônios que regulam o equilíbrio do sebo e resultam em poros entupidos e desenvolvimento de acne.

COMO TRATAR?

“Crescentes evidências científicas relacionam os elevados níveis de cortisol e substância P com a exacerbação da inflamação na pele. Nessa situação, a microbiota cutânea é diretamente impactada, o que pode refletir em um desequilíbrio com consequente agravamento de condições inflamatórias, como a acne” conta Claudia Coral, farmacêutica especialista em ativos.

Segundo a especialista, produtos voltados para o equilíbrio da diversidade da microbiota cutânea podem contribuir para a suavização dos quadros acneicos. “É o caso do Aurafirm N, ativo disponível em farmácias de manipulação de todo o Brasil que possui triplo mecanismo de ação, com atividades prebiótica, paraprobiótica e posbiótica, responsáveis por diminuir a viabilidade de bactérias patogênicas enquanto aumenta a hidratação e acalma a pele”.

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