Desvende os segredos da pasta d’água: benefícios e riscos para sua pele
A pasta d'água na pele viralizou nas redes sociais, mas será que realmente funciona? Especialistas comentam!

A pasta d’água viralizou nas redes sociais como uma boa opção para o ritual de skincare, especialmente por seu efeito secativo de espinhas e propriedades calmantes.
No entanto, o produto deve ser utilizado com muita cautela, não deve ser visto como um tratamento e pode não ser ideal para todo mundo. Entenda mais a seguir!
O que é a pasta d’água?
A pasta d’água é um produto que apresenta água, óxido de zinco, que tem propriedades antissépticas e adstringentes, e glicerina, um poderoso umectante, em sua composição. No geral, ele tem um preço bem acessível e pode ser encontrado facilmente em farmácias.
“Ela tem ação adstringente, secativa e levemente anti-inflamatória, sendo bastante utilizada em casos de irritações leves na pele, assaduras, brotoejas e queimaduras solares. O óxido de zinco forma uma barreira protetora sobre a pele, ajudando a reduzir o atrito e a inflamação”, explica a Dra. Ana Carolina Sumam, dermatologista.
“O óxido de zinco presente na pasta d’água também possui ação secativa e levemente anti-inflamatória, podendo auxiliar na secagem de espinhas inflamadas superficiais. No entanto, seu uso deve ser pontual e não substituir um tratamento dermatológico completo para acne”, acrescenta o Dr. Lucas Miranda, dermatologista e fundador da Clínica Lucas Miranda em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Quais os benefícios da pasta d’água?
A pasta d’água tem benefícios comprovados cientificamente para a pele, entre os principais:
- Melhora assaduras, queimaduras superficiais e irritações;
- Alivia ardor e coceiras leves, como as causadas por brotoejas;
- Estimula a regeneração e a cicatrização da pele;
- Previne o atrito;
- Desinflama e seca acne;
Quais cuidados ter ao usar esse produto?
Apesar de oferecer algumas vantagens, é preciso usar a pasta d’água com muito cuidado e consciência. Quando aplicada em excesso ou utilizada de forma contínua, o produto pode colocar em risco a saúde da pele.
O uso desenfreado da pasta d’água pode um efeito rebote e, em vez de melhorar, provocar problemas como textura áspera, irritações, ressecamentos, vermelhidões e piora da oleosidade e das espinhas.
Além disso, exagerar na quantidade de produto pode obstruir os polos e atrapalhar a “respiração” da pele, o que é prejudicial principalmente para quem sofre com acne.
“O uso prolongado ou em áreas extensas pode levar ao ressecamento excessivo da pele, irritações secundárias ou até mascaramento de doenças cutâneas subjacentes. Além disso, a oclusão provocada pela barreira física do produto pode favorecer infecções fúngicas ou bacterianas e o surgimento de milium”, alerta Miranda.
Como usar pasta d’água?
Aqui vai o passo a passo para usar pasta d’água na pele:
- Limpe bem a pele e certifique-se que ela esteja completamente seca;
- Passe uma camada fina do produto na região afetada;
- Deixe agir por um tempo na pele;
- Retire com água e um sabonete suave;
- Pode ser utilizada de duas a três vezes por dia.
“Lembre-se: a aplicação deve ser pontual e temporária, apenas na área afetada, e o produto não é um tratamento. Evite deixá-lo agir por muitas horas e não use-o em áreas extensas”, orienta a médica.
“Para secar espinhas, você pode aplicar uma pequena quantidade pontualmente sobre a lesão, preferencialmente à noite. Não espalhe o produto pelo rosto todo, mesmo se houver mais acne”, completa ela.
Quem não deve utilizar a pasta d’água?
Quem tem a pele muito sensível ou ressecada, dermatite atópica, rosácea ou alergia a algum dos componentes da fórmula deve evitar o uso da pasta d’água, assim como gestantes.
“Crianças muito pequenas e bebês só devem usar com recomendação médica, pois a pele deles é mais fina e reativa. Sem a orientação de um profissional, é melhor não utilizar o produto”, destaca Sumam.
Alternativas
Segundo o Dr. Lucas, atualmente, há alternativas dermatologicamente mais seguras e eficazes do que a pasta d’água para melhorar a acne e a hidratação da pele.
“Géis com peróxido de benzoíla, ácido salicílico, niacinamida ou retinoides tópicos, são boas opções para tratar acne e controlar a inflamação. Esses ativos, quando bem indicados, oferecem maior eficácia clínica e menor risco de efeitos adversos. A recomendação deve ser sempre individualizada, com base na avaliação dermatológica”, conclui o médico.
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