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Toxina botulínica para corrigir a postura: funciona?

O uso da toxina botulínica para corrigir a postura faz sentido quando há casos de dor crônico e desconforto constante

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h45 - Publicado em 11 abr 2023, 08h00
toxina botulínica para corrigir a postura
A toxina botulínica para corrigir a postura funciona desde que seja corretamente indicada (Gustavo Fring / Pexels/Divulgação)
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A toxina botulínica (o nome oficial do “Botox“) é bastante conhecida no mundo da dermatologia. Usada para preencher o rosto, corrigir rugas e linhas de expressão, ela tem muitos usos quando o assunto é a estética. Porém, sabia que ela também pode ser utilizada para corrigir a postura? 

O QUE É BOTOX

“Toxina botulínica é um medicamento, a toxina da bactéria Clostridium, que age paralisando a placa motora nas células musculares”, explica a Dra. Tatiana Moura, cirurgiã plástica pela Universidade de São Paulo. “Sua ação é progressiva, com pico entre 7 a 14 dias, e a duração depende de muitos fatores: força muscular, patologia envolvida, dose e localização.”

O interessante é que essa toxina pode ser utilizada para qualquer patologia em que a força ou o espasmo musculares são indesejáveis, como cefaleia tensional, bruxismo, fístulas anais, blefaroespasmo, distonia muscular e hipersudorese. Em questões estéticas, é usada para a minimização da ação muscular que produz as rugas dinâmicas e estáticas, relacionadas à mímica facial.  

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TOXINA BOTULÍNICA PARA POSTURA

Com isso em mente, o uso da toxina botulínica para a correção postural passa a fazer sentido. Pessoas que apresentam dor na região de pescoço e ombros, pode estar relacionada à postura, caracterizando uma síndrome dolorosa. 

“Em casos selecionados, justamente pela sua ação de bloqueador muscular, a toxina botulínica pode ser usada em alguns pontos dolorosos para tratar ou amenizar essa condição”, explica Dra. Larissa Sumodjo, cirurgiã plástica pela SBCP. 

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A aplicação da toxina nas regiões de ombros e pescoço, no entanto, não deve ser realizada a menos que haja uma condição clínica associada e que justifique a utilização, como é o caso da síndrome miofascial, em que existe dor crônica relacionada à contratura sustentada da musculatura do pescoço e ombros. 

“Os riscos mais frequentes associados a essas injeções é dor, inchaço e pequenos hematomas”, explica ela. “O grande cuidado que o médico deve ter em qualquer aplicação, é para que ela ocorra apenas na região desejada, do contrário, pode acarretar bloqueio indesejado de certo músculo ou grupo muscular.”

O efeito da toxina dura de por volta de 4 a 5 meses. A depender da indicação para o uso, é necessário tratamento periódico com novas aplicações para melhora dos sintomas. 

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