
A água de piscina tratada com cloro, embora essencial para a prevenção de infecções, pode causar uma série de efeitos adversos à pele, especialmente em nadadores frequentes.
O cloro é um agente oxidante que altera a barreira cutânea, promovendo ressecamento e desidratação da pele.
Em muitos casos, há também uma exacerbação de dermatoses pré-existentes, como dermatite atópica, dermatite de contato e psoríase.
Além disso, o contato repetido com a água clorada pode levar ao surgimento de irritações, coceira, descamação e até mesmo hipersensibilidade cutânea em indivíduos predispostos.
A alteração do microbioma cutâneo e o pH da pele também contribuem para um desequilíbrio que favorece infecções superficiais, como foliculites e dermatites irritativas.
Como proteger a pele contra a água da piscina?
A proteção da pele deve começar antes da exposição à água clorada.
Recomenda-se aplicar um creme barreira ou hidratante oclusivo — preferencialmente com ingredientes como ceramidas, glicerina ou petrolato — cerca de 15 a 30 minutos antes do mergulho.
Esses produtos ajudam a formar uma película protetora, reduzindo o contato direto do cloro com a epiderme.
Após sair da piscina, é fundamental tomar uma ducha com água doce e sabonete suave, de pH fisiológico, para remover os resíduos de cloro.
Em seguida, deve-se realizar hidratação imediata com cremes emolientes, idealmente contendo ativos restauradores da barreira cutânea. Em casos de maior sensibilidade, o uso de loções calmantes com niacinamida ou alantoína pode ser benéfico.
Como deve ser o skincare de pessoas que nadam frequentemente?
O skincare de nadadores deve ser orientado para a reposição da barreira cutânea e controle da inflamação.
Pela manhã, é indicado o uso de um hidratante leve e não comedogênico, além do protetor solar resistente à água, que deve ser reaplicado conforme orientação — especialmente se houver exposição solar direta.
Antes da natação, o uso de cremes barreira é uma estratégia eficaz. Após a atividade, o skincare deve incluir limpeza suave, hidratação intensa e, se necessário, uso de produtos calmantes ou anti-inflamatórios.
Em situações de comprometimento cutâneo mais severo, é recomendável avaliação dermatológica individualizada para ajustes na rotina e, se necessário, prescrição de medicamentos tópicos.
Dr. Lucas Miranda – médico dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e fundador da Clínica Lucas Miranda, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
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