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A obesidade pode prejudicar os rins?

Por CAROLINE REIGADA
28 out 2022, 10h00

A obesidade constitui verdadeira epidemia mundial. Preocupante tema da saúde pública, necessita ser abordada de forma séria e congruente. Apenas por apresentar maior associação com diabetes e hipertensão arterial, a obesidade já é fator de risco para a doença renal crônica, a qual caracteriza-se pela redução da função dos rins.

O tecido gorduroso funciona como verdadeira máquina de hormônios, que trabalham de forma desordenada quando este tecido está em excesso. É aqui que entram a inflamação, o estresse oxidativo e ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que contribuem para o desenvolvimento da doença renal crônica.

Além de trazer consequências cardiovasculares ( maior risco de infarto e derrame), ela “ força “ os rins a trabalharem de maneira sobrecarregada, que tentam atender às elevadas demandas metabólicas corporais. A chamada hiperfiltração glomerular, a longo prazo, pode traduzir-se em doença renal crônica, que pode ter como desfecho final a diálise ou o transplante renal.  Além disso, o glomérulo, que é a estrutura responsável pela filtração do sangue, também pode se prejudicar.

A denominada glomerulopatia associada à obesidade teve sua incidência aumentada em dez vezes nos últimos anos. Infelizmente, o risco de câncer renal também está aumentado nos pacientes obesos. Estes pacientes também apresentam diversas alterações metabólicas que acarretam na formação de pedras no rins. Isto porque a urina do obeso tende a ser mais ácida, com mais oxalato, sódio e ácido úrico.

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Mas calma! A boa notícia é que esta doença é potencialmente evitável. Hábitos de vida saudáveis, que incluem dieta equilibrada e exercícios físicos, são ferramentas fundamentais para a sua prevenção  de todos estes problemas renais associados. Caso você esteja obeso, entretanto, consulte um nefrologista. A avaliação destes itens é importantíssima para garantir a sua saúde renal.

Respondido por:

DRA. CAROLINE REIGADA: Médica nefrologista formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e residência em Nefrologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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