Radiofrequência microagulhada dói muito?
Aparelhos de radiofrequência microagulhada, como o Morpheus, contam com uma ponteira com uma série de microagulhas revestidas em ouro que penetram profundamente na pele e, ao atingirem certa profundidade, emitem radiofrequência para aquecer aquela camada do tecido cutâneo sem prejudicar a superfície da pele. No geral, a radiofrequência microagulhada dói, porém usamos uma técnica diferente no Brasil, que torna o tratamento muito mais efetivo e livre de desconfortos.
No exterior, é comum o uso apenas de um creme anestésico. Por aqui, associamos o uso de anestésicos tópicos a outras formas de anestesia: bloqueios com anestésicos locais e controle da dor através do óxido nitroso. Em alguns casos, podemos optar por sedação leve.
Essas medidas reduzem a percepção da dor de forma significativa em quase 80% dos pacientes, permitindo a sua execução com conforto. Isso também possibilita que o protocolo dê muito mais resultado: por aqui fazemos seis passadas, enquanto no exterior é comum uma só.
A escolha da profundidade em que as agulhas penetram na pele tem relação com a finalidade do tratamento, que pode ser utilizado para melhorar a qualidade e textura da pele, diminuir rugas e cicatrizes de acne, reduzir flacidez facial e corporal e combater gordura localizada, estrias e celulite.
Dr. Renato Soriani, dermatologista membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Instagram: @renatosoriani.dermato