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Como as telas eletrônicas prejudicam a visão?

Por Dr. Eric Andrade
Atualizado em 21 out 2024, 22h28 - Publicado em 14 jun 2023, 08h00
Entenda como as telas de dispositivos eletrônicos podem prejudicar a visão
O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode comprometer a saúde ocular | (freepik/Freepik)
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O primeiro ponto está relacionado ao sono. Na retina dos olhos, existe um tipo de célula chamada de “célula ganglionar intrinsecamente fotossensível”. Dentro dessas células, encontramos um pigmento chamado melanopsina, que envia para uma região do cérebro, chamada de tálamo, informações de luminosidade que irão regular nosso sistema circadiano, ou seja, nosso relógio biológico.

Assim sendo, quando recebem luz, mandam um sinal para o cérebro informando que está claro e ajustes são realizados no nosso organismo para um período de luz, ou seja, de dia. As telas de aparelhos eletrônicos emitem uma luz azul, que quando captada no período noturno irão enviar ao cérebro as mesmas informações de luminosidade que geram ajustes no nosso organismo para o dia. Com isso, podemos perder tempo de sono, gerando alterações devido a privação do mesmo.

O segundo ponto está relacionado com a diminuição do piscar. Sabemos que, quando estamos expostos às telas de aparelhos eletrônicos, reduzimos em até 60% essa ação, o que pode levar ao ardor dos olhos, irritação e dificuldade de visualizar os objetos, além de poder ocasionar a Síndrome do Olho Seco, com redução da produção de lágrima.

Por fim, sabemos que a exposição diária às telas de aparelhos eletrônicos por muitas horas pode levar a mudanças na focalização das imagens devido a contratura acentuada de um músculo dentro dos olhos que nos ajuda a ver de longe e de perto.

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Para não interferir no nosso relógio biológico, a utilização de recursos presentes nos aparelhos eletrônicos para suprimir a luz azul no período noturno, além de utilizar os aparelhos de forma parcimoniosa evitando alterações relacionadas ao piscar e a focalização das imagens.

Respondido por:

Dr. Eric Andrade, oftalmologista e professor do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – UNICID

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