Terapia e felicidade, com Priscila Conte Vieira
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Há uma força silenciosa que nos empurra para frente, mesmo quando tudo à nossa volta parece pedir que a gente pare. Um sopro que nos faz levantar pela manhã, ainda que os dias estejam nublados. Essa força tem nome: esperança.
Mas não estamos falando da esperança romântica, que espera sentada que tudo se resolva como num passe de mágica. Estamos falando daquela esperança que arregaça as mangas, que sua, que cai e levanta.
Uma esperança que não vive nas nuvens, mas com os pés firmes na realidade. Que reconhece a dor, a ausência, a incerteza — e ainda assim escolhe seguir.
Essa é a esperança verdadeira, que nasce do encontro entre o que é e o que ainda pode ser. Ela não exige perfeição, nem ignora a tristeza, pelo contrário!
Tem um poema do Paulo Freire que sempre me vem à cabeça quando penso sobre esperança. Nele, ele faz uma distinção que gosto muito: uma esperança que apenas espera e outra que se move — a do verbo esperançar:
“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar;
porque tem gente que tem esperança do verbo esperar.
E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera.
Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás,
esperançar é construir, esperançar é não desistir.
Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros
para fazer de outro modo…”
Esperançar é um verbo de ação. É o sim que damos à vida, mesmo quando não temos todas as respostas. É escolher caminhar mesmo sem saber exatamente onde vai dar.
É transformar a ausência em presença, o cansaço em pausa, o medo em movimento. E é curioso perceber como a esperança abriga dentro de si os seus próprios paradoxos: ela é suave, mas nasce do desespero.
É íntima, mas pode ser compartilhada. É sentimento, mas só existe quando colocada em prática. Porque sentir esperança é lindo, mas viver com esperança é o que realmente transforma.
Em tempos duros, quando tudo parece perder o sentido, talvez a pergunta mais importante seja: como posso esperançar hoje?
Talvez seja enviar uma mensagem a alguém, cuidar de uma planta, escrever um sonho no papel, respirar fundo e seguir mais um pouco. Talvez seja simplesmente não desistir de si.
Não se trata de negar o sofrimento, mas de se permitir continuar. É dizer para si mesmo: eu não sei exatamente como, mas sei por que eu sigo.
E como dizia Nietzsche, e reforçou Viktor Frankl, “quem tem um porquê, enfrenta quase qualquer como”. Esperança é esse porquê. Esperançar é o como. Que você possa, todos os dias, mesmo nos mais difíceis, escolher esperançar.
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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3
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