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Terapia e felicidade, com Priscila Conte Vieira

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A psicóloga Priscila Conte Vieira (CRP 08/30418), especialista em psicologia positiva, auxilia você a ter uma vida mais leve e mais feliz!

O sofrimento que nasce do que não será

Por Priscila Conte Vieira
31 Maio 2025, 08h00
O sofrimento que nasce do que não será
O sofrimento que nasce do que não será | (freepik/Freepik)
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Nem sempre estamos prontos para os fins, mesmo quando sabemos que eles são necessários. Tem despedidas que doem em silêncio, tem portas que se fecham com estrondo, e outras que a gente nem percebe que se fecharam, apenas se vê do lado de fora, sem saber como nem quando aconteceu.

Os fins não são feitos só de términos amorosos. Eles acontecem no adeus de uma amizade que já não faz mais sentido, no último dia de um trabalho que um dia foi sonho, no retorno de uma viagem que nos transformou, na mudança de cidade, no fim de um ciclo de estudos, na última conversa com alguém que um dia foi parte de tudo.

Fins estão por toda parte, e, cada um deles carrega um pequeno luto.

Às vezes, não é que a gente deixou de sonhar, é que aquele sonho que tanto alimentamos não vai mais acontecer. E essa é uma dor que pouco se fala, mas que machuca fundo: o sofrimento que nasce do que não será.

Do amor que descontinuou. Do filho que não virá. Da carreira que não se firmou. Do projeto que não deslanchou. Da história que não aconteceu. E mesmo assim, a gente precisa seguir, com um coração que ainda pulsa, mas carrega um buraco do tamanho do que não foi.

É frustrante quando a vida não se encontra com os nossos planos. Quando damos o melhor de nós e, ainda assim, não é o suficiente para manter algo de pé.

Ela fere porque nos lembra que nem tudo está sob nosso controle, que por mais esforço, entrega, amor ou planejamento que exista, a vida ainda pode dizer “não”. Parece injusto, e talvez seja mesmo.

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Mas talvez, também, seja o jeito da vida dizer: não era por aí. Não por punição, mas por proteção, ainda que agora não pareça.

Tem dores que precisam ser sentidas e não explicadas. Tem perdas que precisam ser choradas antes de serem compreendidas. E tem fins que, mesmo não sendo desejados, são o que nos libertam para que algo novo possa nascer. Porque às vezes, o fim não é o oposto do sonho, mas é o espaço onde outro pode florescer.

Como lidar com fins, frustrações e sonhos que não se realizarão?

Aqui vão algumas dicas práticas para lidar com os fins, as frustrações e os sonhos que não se realizarão:

1. Permita-se sentir, sem pressa de entender

→ O que estou sentindo agora? Posso acolher essa emoção sem precisar resolvê-la de imediato? Às vezes, o caminho passa por permitir que a dor exista antes de querer superá-la.

2. Permita-se dizer adeus também ao sonho

→ Estou em paz com o que não será? O que preciso dizer para mim, para me despedir com dignidade e carinho? Às vezes, o sofrimento maior vem da insistência em segurar o que já se foi.

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3. Atualize o sonho, em vez de abandoná-lo por completo

→ Esse sonho ainda me representa? O que posso manter dele e o que posso transformar? Talvez você não precise desistir, mas adaptar.

4. Dê significado ao fim, não só tristeza

→ O que esse ciclo representou na minha vida? O que eu levo dele que me torna mais inteiro hoje? Tudo o que chega ao fim também deixa algo em nós. Aprender a nomear isso é parte da cura.

5. Reconheça todos os lutos – mesmo os invisíveis

→ Tenho permitido a mim mesmo sofrer o fim de amizades, de fases da vida, de versões antigas de mim? Fins não vividos viram pesos ocultos. Dê voz ao que ainda está preso em você.

6. Cuide da sua narrativa interna

→ Estou me tratando com respeito ou me culpando mais do que mereço? A forma como você fala consigo mesmo nos momentos difíceis pode te levantar ou te afundar ainda mais.

7. Pergunte-se: o que ainda vive em mim apesar do que terminou?

→ Quais valores, desejos ou propósitos seguem comigo, mesmo depois desse fim? Você continua. Você não é o fim. Você é quem atravessa, transforma e segue.

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Nem todo fim é fracasso. Nem todo sonho frustrado é uma sentença de tristeza eterna. Nem todo adeus é perda (alguns são libertação). Que você encontre espaço dentro de si para acolher com ternura o que não foi.

Que tenha coragem de seguir em frente com leveza, ainda que com lágrimas nos olhos. E que aprenda, aos poucos, a confiar de novo na vida – porque ela sempre guarda recomeços, mesmo depois dos dias mais difíceis.

Seguimos juntos nessa jornada! Você não está só.

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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)

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Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3

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