Ácido mefenâmico para cólica menstrual: devo usar?
O medicamento, utilizado para tratar dores agudas, oferece uma boa resposta no tratamento da cólica, porém, é preciso cuidado
As cólicas menstruais são extremamente incômodas, e existem mulheres que passam por verdadeiros apuros todas as vezes que chegam no ciclo menstrual. É por isso que, vira e mexe, surgem novas opções de tratamentos e medicamentos para aliviar essas dores – e uma das mais recentes é o ácido mefenâmico.
O QUE É ÁCIDO MEFENÂMICO?
O ácido mefenâmico nada mais é do que um anti-inflamatório não-esteroidal (também conhecido pelo mnemônico AINEs), usado no tratamento de dores. E a boa notícia é que, sim, ele tem uma boa ação no controle de cólicas menstruais.
“Porém, esse tipo de anti-inflamatório tem algumas contraindicações”, explica a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela. “Como todo anti-inflamatório, pode causar problemas renais, gástricos e interferir na ação de anticoagulantes, tendo que ser usado com parcimônia com indicação médica devido a sua interação com outros medicamentos.”
O que torna a ação desse medicamento positiva para o tratamento de cólicas é que ele foi desenvolvido na década de 1960 para tratar dores agudas – ou seja, aquelas que surgem “de repente”, o que costuma ser o caso das cólicas.
O ácido mefenâmico possui ação analgésica e antitérmica, por isso, costuma ser indicado para tratar uma série de condições de saúde:
- Febre
- Cólicas menstruais
- Dores musculares
- Dores de dente
- Dores de cabeça
- Doenças reumatológicas (como artrite reumatoide)
“Em casos de aumento do fluxo menstrual, ele pode agir reduzindo esse fluxo e controlando a dor”, complementa a médica.
A ação desse medicamento está relacionada à diminuição da síntese de prostaglandinas, as substâncias que se assemelham aos hormônios e que induzem a inflamação no organismo.
CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS NO USO DE ÁCIDO MEFENÂMICO
Esse medicamento é do tipo que não precisa de receita médica para ser adquirido, no entanto, por conta dos possíveis efeitos colaterais que ocasiona, é essencial que ele seja consumido na dosagem adequada e com o acompanhamento de um médico.
Fora isso, é importante lembrar das contra-indicações ao fármaco: “Pessoas com doenças renais, hepáticas, cardíacas e gástricas devem evitar uso, principalmente sem acompanhamento médico”, explica a Dra. Ana.