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Candidíase: a doença do verão

Muito frequente nesta época do ano, o problema pode provocar coceira vaginal, ardência e corrimento branco-amarelado

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 16 dez 2022, 17h38 - Publicado em 16 dez 2022, 15h30
Menina com as mãos como se precisasse fazer xixi | prolapso genital
 (wayhomestudio/Freepik/Reprodução)
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Durante o verão, é comum ficarmos bastante tempo na piscina ou na praia. No entanto, em decorrência desses hábitos, algumas complicações podem acabar afetando a saúde das mulheres, sendo que a mais comum delas é a candidíase.

O calor também é um fator que pode contribuir para a manifestação da doença, já que ele altera a acidez vaginal e reduz os microrganismos responsáveis pela defesa da região.

Quais são as causas?

Causada pelos fungos do gênero Cândida, a candidíase vulvovaginal é uma patologia que atinge 75% das mulheres em alguma fase da vida.

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Cerca de 5% delas sofrerão com o quadro de candidíase vulvovaginal recorrente, que se caracteriza por quatro ou mais episódios a cada doze meses

“Na prática, a infecção vaginal por Cândida albicans é associada a situações de debilidade do organismo, alto teor de glicogênio (derivado dos açúcares) e acidez vaginal”, esclarece a Dra. Brianna Nicoletti, alergista e imunologista pela USP.

Diante disso, é possível afirmar que doenças imunossupressoras, diabetes e o uso crônico de corticoides são fatores de risco para a doença, assim como o uso de certos antibióticos, que, de acordo com pesquisas, podem suprimir a flora vaginal, favorecendo a colonização e a infecção pelos fungos.

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Segundo a médica, algumas situações envolvendo hormônios também podem aumentar a possibilidade de desenvolvimento da candidíase

O excesso de progesterona no organismo aumenta a disponibilidade de glicogênio no ambiente vaginal, contribuindo para a criação de uma excelente fonte de alimento para o crescimento e germinação das leveduras.

Já o excesso de estrogênio, que pode acontecer, principalmente, em quem toma pílula anticoncepcional combinada, faz terapia de reposição hormonal ou está grávida, também pode aumentar as chances de infecção.

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“Pequenos traumas como o ato sexual, o hábito de usar roupas muito justas ou de fibras sintéticas, ou ainda de permanecer muito tempo com roupas de banho molhadas ou úmidas podem favorecer o ambiente para proliferação do fungo”, pontua a médica.

“Além disso, sabemos que podem estar relacionadas a dieta alimentar rica em açúcares e carboidratos e também a vivências de situações de estresse, que aumentam o nível sérico de cortisol”, completa ela.

Tratamento

Muitas mulheres ficam preocupadas e com medo da doença, porém vale ressaltar que a simples presença do fungo não representa nenhum risco e não requer nenhum tratamento quando não há sintomas. Os principais sintomas da condição são: irritação, coceira e corrimento branco-amarelado.

“A candidíase acontece quando a população de fungos aumenta excessivamente e entra em desequilíbrio com o restante da flora vaginal. Isso pode ocorrer em situações que levem à diminuição da imunidade, uso de antibióticos, diabetes, entre outras”, acrescenta o Dr. Igor Padovesi, ginecologista e obstetra pela USP e médico do Hospital Albert Einstein.

O tratamento da candidíase pode ser feito por meio de comprimidos e de cremes de uso tópico. Já nos casos recorrentes, a conduta é diferente, uma vez que eles exigem acompanhamento médico especializado. Para esses quadros, podem ser utilizados medicamentos em conjunto com ajustes no estilo de vida, que auxiliam no controle do problema e no alívio dos sintomas.

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Como evitar?

Para prevenir a candidíase, aqui vai algumas dicas: mantenha a área vaginal sempre limpa, não utilize desodorantes, sprays ou perfumes na região, troque os absorventes com frequência, evite o uso de roupas justas e vista calcinhas que ajudem a manter o local seco e que não retenham calor ou umidade.

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