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4 coisas que você não sabia sobre Débora Nascimento

Após vencer um transtorno alimentar e uma fase de 25 quilos acima do peso, hoje são as formas que fazem dela uma referência de beleza brasileira

Por Juliana Diniz
Atualizado em 21 out 2024, 19h28 - Publicado em 8 abr 2016, 11h35
Bruna Castanheira
Bruna Castanheira (/)
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Os 30 anos estão sendo um marco para Débora Nascimento, a Filó de Êta Mundo Bom!, novela das 6 da Rede Globo. Abrem um ciclo em que a atriz se considera finalmente “completa”. Não, ela não dá o crédito por isso ao sucesso na carreira (vive sua primeira protagonista na TV) nem ao fato de ter um relacionamento feliz (ela é casada com o também ator José Loreto). Débora fez as pazes consigo mesma, colocando fim a um processo que começou quando ainda era uma garota com dificuldades em arrumar seu cabelo cacheado, volumoso e lindo – embora ela ainda não soubesse disso. Libertar os fios que só circulavam em coques na adolescência foi o start para que Débora construísse sua identidade.

Na edição de abril da BOA FORMA, ela conta como parou de brigar com seus cachos – que são sonho de consumo –, fez as pazes com seu shape alongado e curvilíneo – ela se achava “grandalhona” – e se entendeu com suas próprias opiniões. Aqui, nós revelamos alguns fatos que você provavelmente não sabia sobre Débora:

SOB PRESSÃO
“Quando comecei a modelar, aos 15 anos, passei a descobrir minhas qualidades e minhas limitações para aquele trabalho. Percebi o quanto isso mexia com minha relação com meu corpo de mulher. Por ser cadeiruda para os padrões do mercado, sempre me era exigido um manequim menor do que eu naturalmente vestia. Imagina o meu sofrimento para manter esse shape! A pressão fez com que eu desenvolvesse um princípio de anorexia. O apoio das pessoas que me amavam – gorda, alta, baixa, tanto faz – foi fundamental para que eu melhorasse. Na verdade, essa virada se deu depois de uma exaustão. Me vi com muita preguiça de entrar nesse esquema.”

PERDAS E GANHOS
“Eu já fiz muito mal a mim mesma. Na época em que tive distúrbio alimentar e depois, quando engordei 25 quilos, percebi que a única pessoa que perdia era eu. Ninguém vai ganhar nada se eu ficar 30 quilos mais magra. Eu perco. Perco minha qualidade de vida, minha saúde. E as mulheres brasileiras perdem a oportunidade de ver alguém normal na TV. Acabei virando uma referência de corpo brasileiro. Tenho obrigação de ser eu mesma. Obrigação comigo e com as meninas que chegam até mim querendo voltar a usar o cabelo cacheado porque agora possuem uma referência para isso.”

SEM EXTREMOS
“Se eu quero fazer uma dieta porque tenho retenção de líquido, principalmente na TPM, aí é uma coisa. Mas nada que vá me deixar bitolada. Que não me permita comer um chocolatinho. Por exemplo: alguns produtos me fazem mal. Leite é uma coisa que me trava. Mas não abro mão do meu queijo! Quando como muito glúten, eu incho. Mas, de vez em quando, tomo minha cervejinha. Não sou nada radical.”

ABAIXO O FRANGO
“Tirei o frango do meu cardápio há dois meses. Primeiro, me restringi aos orgânicos. Brincava com meu marido, dizendo que só comeria ‘frango que dorme’. Mas na rua não dá para saber a procedência da carne. Comecei a pegar certo nojo. Foi natural. Não determinei ‘agora vou levantar uma bandeira’. Apenas não tenho mais paladar para ele. Gostaria de um dia virar vegetariana, mas não me imponho nada. Se eu me imponho, não dá certo. Quando eu me impunha emagrecer, acabei doente. Não fico me machucando. A gente já sofre pressão por tantas coisas, não sou eu que vou me colocar ainda mais, né?”

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