Desloratadina: para que serve, como age e efeitos colaterais
O remédio é muito conhecido entre as pessoas que sofrem com rinite alérgica. Saiba mais!
A desloratadina é um remédio que serve para o tratamento de sintomas de quadros alérgicos (rinite, conjuntivite e urticária, por exemplo). Ela faz parte da classe dos anti-histamínicos de segunda geração e atua no bloqueio da ação da histamina no nosso corpo, aliviando espirros, coceira no nariz, coceira na garganta, vermelhidão e lacrimejamento nos olhos, coriza e congestão nasal.
“Quando uma pessoa alérgica entra em contato com o que chamamos de alérgenos, ela vai produzir uma série de substâncias que acabam desencadeando os sintomas de reação do corpo, entre elas, a histamina. Os medicamentos anti-histamínicos bloqueiam a histamina e, com isso, conseguem amenizar os desconfortos”, explica a Dra. Carolina Brotto de Azevedo, otorrinolaringologista.
“Apesar de inibirem ou reduzirem a crise alérgica, é importante destacar que os anti-histamínicos não são considerados um tratamento de cura, visto que não agem na causa da alergia e sim no controle dos sinais e sintomas”, ressalta Jamar Tejada, farmacêutico neuropata.
Qual a diferença entre loratadina e desloratadina?
“Quando a loratadina é ingerida, ela passa por uma metabolização hepática e é transformada em desloratadina, que é a substância ativa. Ou seja, a desloratadina é uma evolução em termos de tecnologia medicamentosa, sendo que, com ela, a gente consegue entregar uma dose menor e obter os mesmos resultados desejados com a loratadina”, explica a Dra. Carolina.
Dessa forma, tanto a desloratadina quanto a loratadina são anti-histamínicos e apresentam uma boa eficácia. “O principal benefício está no fato de que a desloratadina oferece efeitos mais rápidos em comparação à loratadina”, garante o Dr. Bruno Borges de Carvalho Barros, otorrinolaringologista.
Como tomar a desloratadina?
De acordo com a Dra. Ellen Sodré, otorrinolaringologista e especialista em rinoplastia e cirurgia plástica da face, a desloratadina pode ser encontrada em xarope, que é ideal para crianças, evitando o risco de engasgos e asfixia, ou comprimidos.
“Normalmente, para pessoas acima de 12 anos, a dose máxima é de 5mg/dia e são usados os comprimidos. Para pacientes abaixo dessa idade, preferimos os xaropes. No entanto, caso o adulto ou o adolescente queira utilizar as formas líquidas, também podemos prescrever, sempre ajustando a dosagem adequada”, conta Sodré.
Quais os efeitos colaterais?
Toda medicação tem possíveis efeitos colaterais. Quando tomada na dosagem correta e com orientação médica, a desloratadina é bem tolerada pela maioria dos pacientes, porém pode causar dor de cabeça, fadiga, boca seca, tontura, náusea, vômito e dor abdominal.
Desloratadina dá sono?
Por não conseguir ultrapassar a barreira hematoencefálica e, dessa forma, não agir no nosso cérebro, a desloratadina não causa sonolência. “Ela é um anti-histamínico de segunda geração e não sedativo, ou seja, não dá sono”, diz a Dra. Ellen.
Contraindicações
No geral, a desloratadina é contraindicada para pacientes hipersensíveis ao remédio, bebês com menos de 6 meses, gestantes e mulheres que estão amamentando.
“Pessoas diagnosticados com doenças crônicas que alteram a função renal ou hepática também devem ficar atentos ao uso da desloratadina. Nessas situações, é importante discutir com um médico o custo-benefício de tomar a medicação e uma dose menor precisa ser calculada”, aponta Sodré.
Não se automedique
“Nenhum medicamento deve ser utilizado sem indicação médica. Apesar dos sintomas de alergia serem clássicos, pode existir um outro quadro associado no paciente. Portanto, é necessário buscar ajuda de um profissional para utilizar a desloratadina e também para o ajuste da dose”, alerta o Dr. Bruno.
Quem se automedica corre o risco de sérias complicações à saúde.