Continua após publicidade

Desloratadina: para que serve, como age e efeitos colaterais

O remédio é muito conhecido entre as pessoas que sofrem com rinite alérgica. Saiba mais!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h38 - Publicado em 4 abr 2024, 18h00
desloratadina
A desloratadina pode ser indicada para o tratamento de sintomas de rinite alérgica. | (katemangostar/Freepik)
Continua após publicidade

A desloratadina é um remédio que serve para o tratamento de sintomas de quadros alérgicos (rinite, conjuntivite e urticária, por exemplo). Ela faz parte da classe dos anti-histamínicos de segunda geração e atua no bloqueio da ação da histamina no nosso corpo, aliviando espirros, coceira no nariz, coceira na garganta, vermelhidão e lacrimejamento nos olhos, coriza e congestão nasal.

“Quando uma pessoa alérgica entra em contato com o que chamamos de alérgenos, ela vai produzir uma série de substâncias que acabam desencadeando os sintomas de reação do corpo, entre elas, a histamina. Os medicamentos anti-histamínicos bloqueiam a histamina e, com isso, conseguem amenizar os desconfortos”, explica a Dra. Carolina Brotto de Azevedo, otorrinolaringologista.

“Apesar de inibirem ou reduzirem a crise alérgica, é importante destacar que os anti-histamínicos não são considerados um tratamento de cura, visto que não agem na causa da alergia e sim no controle dos sinais e sintomas”, ressalta Jamar Tejada, farmacêutico neuropata.

Qual a diferença entre loratadina e desloratadina?

“Quando a loratadina é ingerida, ela passa por uma metabolização hepática e é transformada em desloratadina, que é a substância ativa. Ou seja, a desloratadina é uma evolução em termos de tecnologia medicamentosa, sendo que, com ela, a gente consegue entregar uma dose menor e obter os mesmos resultados desejados com a loratadina”, explica a Dra. Carolina.

Dessa forma, tanto a desloratadina quanto a loratadina são anti-histamínicos e apresentam uma boa eficácia. “O principal benefício está no fato de que a desloratadina oferece efeitos mais rápidos em comparação à loratadina”, garante o Dr. Bruno Borges de Carvalho Barros, otorrinolaringologista.

Como tomar a desloratadina?

De acordo com a Dra. Ellen Sodré, otorrinolaringologista e especialista em rinoplastia e cirurgia plástica da face, a desloratadina pode ser encontrada em xarope, que é ideal para crianças, evitando o risco de engasgos e asfixia, ou comprimidos.

Continua após a publicidade

“Normalmente, para pessoas acima de 12 anos, a dose máxima é de 5mg/dia e são usados os comprimidos. Para pacientes abaixo dessa idade, preferimos os xaropes. No entanto, caso o adulto ou o adolescente queira utilizar as formas líquidas, também podemos prescrever, sempre ajustando a dosagem adequada”, conta Sodré.

Quais os efeitos colaterais?

Toda medicação tem possíveis efeitos colaterais. Quando tomada na dosagem correta e com orientação médica, a desloratadina é bem tolerada pela maioria dos pacientes, porém pode causar dor de cabeça, fadiga, boca seca, tontura, náusea, vômito e dor abdominal.

Desloratadina dá sono?

Por não conseguir ultrapassar a barreira hematoencefálica e, dessa forma, não agir no nosso cérebro, a desloratadina não causa sonolência. “Ela é um anti-histamínico de segunda geração e não sedativo, ou seja, não dá sono”, diz a Dra. Ellen.

Contraindicações

No geral, a desloratadina é contraindicada para pacientes hipersensíveis ao remédio, bebês com menos de 6 meses, gestantes e mulheres que estão amamentando.

“Pessoas diagnosticados com doenças crônicas que alteram a função renal ou hepática também devem ficar atentos ao uso da desloratadina. Nessas situações, é importante discutir com um médico o custo-benefício de tomar a medicação e uma dose menor precisa ser calculada”, aponta Sodré.

Continua após a publicidade

Não se automedique

Nenhum medicamento deve ser utilizado sem indicação médica. Apesar dos sintomas de alergia serem clássicos, pode existir um outro quadro associado no paciente. Portanto, é necessário buscar ajuda de um profissional para utilizar a desloratadina e também para o ajuste da dose”, alerta o Dr. Bruno. 

Atenção

Quem se automedica corre o risco de sérias complicações à saúde.

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.