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Fisioterapia pélvica: o que é e benefícios

Essa especialidade da fisioterapia visa trabalhar tudo que fica na região baixa do abdômen

Por Victoria Theonila
7 mar 2023, 10h18 • Atualizado em 21 out 2024, 16h46
fisioterapia pélvica
Alguns sintomas podem ser seu assoalho pélvico pedindo atenção /  (spukkato/Getty Images)
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  • Se engana quem acha que a fisioterapia pélvica é indicada apenas para gestantes, que tendem a perder força no assoalho pélvico conforme o avanço da gravidez.

    A partir de exercícios específicos, essa especialidade também é indicada no tratamento e prevenção de homens e mulheres com disfunções sexuais, no tratamento de incontinência e contra as dores na região pélvica e abdominal.

    A fisioterapia pélvica atua nas disfunções do assoalho pélvico (um conjunto de estruturas, ligamentos, fáscias e vários músculos que revestem a abertura inferior da bacia), que podem estar relacionadas a problemas urológicos, ginecológicos, proctológicos e/ou sexuais. Essas disfunções podem acometer mulheres e homens de qualquer idade, inclusive crianças”, explica a fisioterapeuta Gabriela Olbrich de Souza. 

    PROBLEMAS NO ASSOALHO PÉLVICO

    Essa região está envolvida em:

    • Sustentação dos órgãos pélvicos;
    • Controle de esfíncters uretral e anal auxiliando a continência urinária e fecal;
    • Função sexual; 
    • Trabalho de parto; 
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    “Portanto, uma disfunção no assoalho pode acarretar em problemas como incontinência urinária, fecal ou de flatos (gases), constipação, prolapsos genitais — que é a descida de um órgão genital, popularmente conhecido como ‘bexiga caída’, dores durante a relação sexual, entre outros”, acrescenta Souza.

    COMO FUNCIONA A FISIOTERAPIA PÉLVICA

    Após a avaliação das condições apresentadas pelo paciente, o fisioterapeuta prepara uma série de exercícios de relaxamento e contração, a fim de promover a reabilitação da região do assoalho pélvico, garantindo força, resistência, recuperação, potência e até mesmo o relaxamento dos músculos desta região.

    Há também a associação com aparelhos de estimulação elétrica. Contudo, a estimulação elétrica é contraindicada para pacientes com implante metálico e/ou com DIU de cobre.

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    A fisioterapia pélvica é muito individualizada, então após uma avaliação minuciosa que inclui anamnese e avaliação física (tipo a da ginecologista, mas avaliando a função muscular), o profissional prepara uma estratégia de tratamento com exercícios que são realizados no consultório e em casa”, indica a fisioterapeuta pélvica e sexóloga Giovanna Fornasari

    De acordo com a Dra. Calomeny, em muitos casos, a resposta clínica aos exercícios e estimulação elétrica já trazem resultados positivos ao paciente, evitando assim o tratamento medicamentoso e até o procedimento cirúrgico para casos de problemas no assoalho.

    Atenção!

    Sem a avaliação adequada, os exercícios de fisioterapia pélvica podem agravar o problema.

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    NA GRAVIDEZ

    Ainda que indicada para diferentes disfunções, na gravidez, a fisioterapia pélvica é indicada para o pré e pós-parto, na preparação para o mesmo e até na recuperação mais rápida da mulher no puerpério. “A fisioterapia pélvica é indicada desde o início da gravidez, pensando no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, que vai ficando sobrecarregado conforme o avanço da gravidez e o peso da barriga. Mais próximo do parto, os músculos do períneo vão relaxando e a fisioterapia é ideal para reforçar o fortalecimento e até mesmo evitar a incontinência urinária”, diz a médica ginecologista Dra. Taís Calomeny.

    Além disso, Fornasari acrescenta que, na gestação, a fisioterapia pélvica também é indicada para:

    • Prevenção de incontinência urinária;
    • Prevenção de prolapso (bexiga caída);
    • Treino expulsivo;
    • Minimizar as lacerações;
    • Orientar da gestante como previnir dores;
    • Orientar o acompanhante que vai entrar no parto;
    • Tratar dores;
    • Manter intestino funcionando;
    • Aliviar a falta de ar;
    • Ganhar mobilidade da pelve.
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    QUAL A DIFERENÇA ENTRE FISIOTERAPIA PÉLVICA E POMPOARISMO?

    “A fisioterapia pélvica é uma especialidade dentro da fisioterapia com o objetivo de reabilitar funções e prevenir disfunções urológicas (relacionadas ao xixi), coloproctológicas (relacionadas ao coco) e ginecológicas (tudo que envolve a vagina, como questões sexuais, parto, dor, pós parto, etc..). Tudo isso com um olhar para o assoalho pélvico. Já, o profissional de pompoarismo não trata patologias, por não ter a bagagem e a visão clínica de avaliar as funções acima citadas.

    Tanto o pompoarismo quanto o fisioterapeuta pélvico tem sua importância, porém quando se trata de restabelecer a função, como é o caso das incontinências urinárias e fecais; prisão de ventre, dor na relação sexual, dificuldade na penetração ou qualquer outro problema relacionado com a pelve, o fisioterapeuta é o mais indicado para atuar na reabilitação. Podemos dizer que algumas vezes fazemos um pompoarismo com ciência para prevenção de disfunções ou melhora do desempenho sexual”, finaliza Fornasari.

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