Obesidade: 7 sinais que ela está afetando sua saúde

Pesquisa divulgada este ano, revela que número de pessoas com obesidade no Brasil pode crescer ainda mais

Por Maraísa Bueno
13 Maio 2025, 12h00
Homem com as mãos no estômago
Segundo pesquisa, a obesidade está crescendo no Brasil. (Towfiqu barbhuiya/Pexels)
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A obesidade é uma condição crônica definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma doença onde há o acúmulo excessivo de gordura pelo corpo. E muitos dos fatores para que isso aconteça são hábitos ou estilo de vida, sem a prática de atividades físicas e má alimentação.

A classificação é feita por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), onde o cálculo é feito por meio do peso da pessoa em quilogramas, dividido pela altura em metros quadrados. Ainda de acordo com a OMS, para entender se está sobrepeso ou com obesidade, os resultados precisam estar entre:

  • Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9
  • Obeso: IMC igual ou superior a 30

Doença cresce no Brasil 

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2025, há uma projeção de que 31% da população adulta brasileira esteja com obesidade este ano, número que poderá crescer nos próximos anos. 

Ainda de acordo com o estudo, o avanço da obesidade no Brasil tem sido constante e alarmante. Em pouco mais de duas décadas, a taxa de adultos com obesidade mais que dobrou, saltando de pouco mais de 12% em 2003 para quase 27% em 2019, enquanto as projeções para 2025 indicam que cerca de um terço da população adulta já convive com a doença.

“Estamos diante de uma epidemia silenciosa. Esses números vão além de estatísticas e refletem milhões de brasileiros que já convivem com limitações físicas, dores, doenças crônicas e impactos emocionais decorrentes da obesidade”, alerta a médica nutróloga Dra. Bruna Durelli, especialista em obesidade.

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Reconheça os sinais

Ainda de acordo com a especialista, o corpo costuma mostrar alguns sinais importantes para mostrar que não está tudo bem. E ao reconhecê-los de forma precoce, você pode evitar a obesidade, com a ajuda de um profissional de saúde. 

Listamos abaixo 7 sinais de que a obesidade está afetando sua saúde:

1

Fadiga constante em atividades simples. 

“Quando o paciente começa a sentir cansaço exagerado ao subir escadas, caminhar curtas distâncias pode ser um sinal de que o sistema cardiorrespiratório já está sobrecarregado pelo excesso de peso. O coração e os pulmões precisam trabalhar mais, e isso gera um desgaste precoce”, explica a nutróloga.

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2

Roncos intensos e sono fragmentado. “A apneia do sono é uma das consequências mais comuns da obesidade, mas pouco reconhecida. O acúmulo de gordura na região cervical e abdominal interfere diretamente na respiração noturna. Muitos pacientes roncam alto, acordam várias vezes sem perceber ou têm sonolência ao longo do dia – sintomas que não devem ser ignorados”, diz.

3

Ganho de gordura abdominal. “A obesidade visceral, caracterizada pelo acúmulo de gordura na região do abdômen, está diretamente associada a riscos cardiovasculares, inflamação sistêmica e resistência à insulina. A circunferência abdominal elevada é hoje um dos principais preditores para doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão”, destaca.

4

Ciclos menstruais irregulares e infertilidade. “No caso das mulheres, o excesso de tecido adiposo provoca desequilíbrios hormonais importantes. Isso pode se manifestar em irregularidade menstrual, síndrome dos ovários policísticos e dificuldade para engravidar. É uma questão ginecológica, mas que começa com um distúrbio metabólico”, pontua.

5

Dores nas articulações, principalmente joelhos e coluna. “As articulações são diretamente impactadas pelo excesso de peso. Joelhos, tornozelos e coluna precisam sustentar uma carga acima da ideal, o que acelera processos degenerativos como artrose e hérnias discais. A dor é um alerta precoce de que o corpo está em sobrecarga”, esclarece.

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6

Queda na autoestima e isolamento social. “O impacto da obesidade na saúde mental ainda é subestimado. Muitos pacientes desenvolvem ansiedade, depressão e evitam o convívio social por vergonha da própria imagem ou experiências de preconceito. Esse sofrimento emocional, se ignorado, pode agravar ainda mais o quadro clínico e dificultar a adesão ao tratamento”, analisa.

7
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Cicatrização lenta e maior propensão a infecções. “O tecido adiposo em excesso interfere na microcirculação e na resposta inflamatória do organismo. Isso significa que até feridas pequenas podem demorar mais para cicatrizar, aumentando o risco de infecções cutâneas e complicações após procedimentos cirúrgicos”, explica.

O que preciso fazer? 

Ao reconhecer um dos sinais, procure a orientação médica para que um profissional indique qual o melhor caminho para combater a obesidade. O primeiro passo é reconhecer o problema e entender como combatê-lo de forma que não prejudique mais sua saúde.

“Além de buscar orientação profissional, quem identifica sinais de obesidade pode começar com pequenas mudanças que estejam dentro da sua realidade. Atividades físicas leves, como caminhadas, são um bom começo não apenas pelo gasto calórico, mas porque contribuem para melhorar a resistência insulínica, reduzir inflamações, regular o humor e estabelecer um hábito ativo que será essencial ao longo da jornada. O mais importante é começar de forma acessível e sustentável, sem sobrecarga, respeitando o momento do corpo e a condição de saúde de cada pessoa”, finaliza a nutróloga

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