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Rebeca Andrade: entenda as lesões que a fizeram realizar 3 cirurgias no joelho

Ortopedista explica como é feito o tratamento das lesões do ligamento cruzado anterior (LCA)

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h31 - Publicado em 2 ago 2024, 19h00
Lesões no LCA Rebeca Andrade
 (Instagram @rebecarandrade/Reprodução)
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A ginasta brasileira Rebeca Andrade, que subiu ao pódio dos Jogos Olímpicos 2024, em Paris, para erguer a medalha de prata do individual geral da ginástica artística, já teve que realizar três cirurgias para tratar lesões do ligamento cruzado anterior (LCA). Mas, afinal, o que é essa estrutura?

O que é o ligamento cruzado anterior (LCA)?

O ligamento cruzado anterior (LCA) é responsável por estabilizar a articulação do joelho, especialmente em momentos de aceleração e desaceleração e movimentos de giro, segundo o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

“Justamente por esse motivo a lesão dessa estrutura é tão comum em esportes que exigem mudanças frequentes de posição, como o futebol, acontecendo devido à torção do joelho”, explica.

“O mecanismo do trauma geralmente envolve a movimentação do joelho para dentro ao mesmo tempo em que a tíbia é rotacionada para fora e o pé está preso ao chão”, completa o médico.

Ele conta que esse tipo de lesão pode afetar não só atletas profissionais, mas também esportistas amadores e até mesmo praticantes de atividades físicas.

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Entre os fatores que podem favorecer esse tipo de trauma estão obesidade, fraqueza muscular, sobrecarga de treinos, idade avançada, joelho valgo (para dentro), hipermobilidade articular e lesões prévias do LCA.

Quais os sintomas de lesões do LCA?

Quando ocorre uma lesão do LCA, geralmente, a pessoa ouve um estalo e, em seguida, sente uma dor súbita e intensa no joelho. Após o trauma, a região pode ficar inchada e a mobilidade comprometida, com a sensação de joelho frouxo e falhando.

O ortopedista ressalta que a intensidade dos sintomas pode variar de acordo com a gravidade da lesão.

“Ao suspeitar de uma possível lesão do LCA, o mais importante é sempre buscar auxílio médico, tanto para confirmar o diagnóstico quanto para verificar a ocorrência de outras lesões comumente associadas, por exemplo, lesões do menisco e das cartilagens”, orienta.

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Como evitar lesões do LCA?

Para evitar lesões do LCA durante a prática esportiva, é fundamental realizar aquecimento e alongamento antes de se movimentar. Além disso, exercícios de fortalecimento muscular e equilíbrio e o uso de calçados adequados são outros cuidados essenciais.

Como é feito o tratamento das lesões do LCA?

Na maioria das vezes, é necessária uma intervenção cirúrgica para reconstruir o ligamento rompido, uma vez que essa estrutura tem baixa capacidade de cicatrização por si só.

“Geralmente, o tratamento cirúrgico só não é indicado para pacientes idosos, sem lesões associadas, que não realizam atividade física e com a estabilidade do joelho preservada”.

A cirurgia é pouco invasiva, realizada por videoartroscopia e utiliza enxertos de tecidos retirados do próprio paciente para a reconstrução do LCA.

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“Mas tão importante quanto a cirurgia é a reabilitação pós-operatória, que, se realizada de maneira inadequada, pode comprometer o sucesso do tratamento. Esse processo envolve, sessões de fisioterapia, com foco, inicialmente, na recuperação dos movimentos e, depois, no fortalecimento do ligamento”, recomenda o ortopedista.

Devido aos avanços nas técnicas de cirurgia e reabilitação, hoje, grande parte dos pacientes não apresenta impactos em seus níveis de intensidade e performance nas atividades esportivas.

“Para isso, é indispensável que o tratamento seja adequado e o retorno seja gradual, de acordo com a velocidade de reabilitação da pessoa e sempre com liberação do médico. O tempo necessário para que o atleta volte às práticas pode ser diferente de acordo com cada caso, mas é preciso que ele não seja apressado”, conclui o especialista em joelho e

 

 

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