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Rebeca Andrade: entenda as lesões que a fizeram realizar 3 cirurgias no joelho

Ortopedista explica como é feito o tratamento das lesões do ligamento cruzado anterior (LCA)

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 12 ago 2024, 15h58 - Publicado em 2 ago 2024, 19h00
Lesões no LCA Rebeca Andrade
 (Instagram @rebecarandrade/Reprodução)
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A ginasta brasileira Rebeca Andrade, que subiu ao pódio dos Jogos Olímpicos 2024, em Paris, para erguer a medalha de prata do individual geral da ginástica artística, já teve que realizar três cirurgias para tratar lesões do ligamento cruzado anterior (LCA). Mas, afinal, o que é essa estrutura?

O que é o ligamento cruzado anterior (LCA)?

O ligamento cruzado anterior (LCA) é responsável por estabilizar a articulação do joelho, especialmente em momentos de aceleração e desaceleração e movimentos de giro, segundo o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

“Justamente por esse motivo a lesão dessa estrutura é tão comum em esportes que exigem mudanças frequentes de posição, como o futebol, acontecendo devido à torção do joelho”, explica.

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“O mecanismo do trauma geralmente envolve a movimentação do joelho para dentro ao mesmo tempo em que a tíbia é rotacionada para fora e o pé está preso ao chão”, completa o médico.

Ele conta que esse tipo de lesão pode afetar não só atletas profissionais, mas também esportistas amadores e até mesmo praticantes de atividades físicas.

Entre os fatores que podem favorecer esse tipo de trauma estão obesidade, fraqueza muscular, sobrecarga de treinos, idade avançada, joelho valgo (para dentro), hipermobilidade articular e lesões prévias do LCA.

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Quais os sintomas de lesões do LCA?

Quando ocorre uma lesão do LCA, geralmente, a pessoa ouve um estalo e, em seguida, sente uma dor súbita e intensa no joelho. Após o trauma, a região pode ficar inchada e a mobilidade comprometida, com a sensação de joelho frouxo e falhando.

O ortopedista ressalta que a intensidade dos sintomas pode variar de acordo com a gravidade da lesão.

“Ao suspeitar de uma possível lesão do LCA, o mais importante é sempre buscar auxílio médico, tanto para confirmar o diagnóstico quanto para verificar a ocorrência de outras lesões comumente associadas, por exemplo, lesões do menisco e das cartilagens”, orienta.

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Como evitar lesões do LCA?

Para evitar lesões do LCA durante a prática esportiva, é fundamental realizar aquecimento e alongamento antes de se movimentar. Além disso, exercícios de fortalecimento muscular e equilíbrio e o uso de calçados adequados são outros cuidados essenciais.

Como é feito o tratamento das lesões do LCA?

Na maioria das vezes, é necessária uma intervenção cirúrgica para reconstruir o ligamento rompido, uma vez que essa estrutura tem baixa capacidade de cicatrização por si só.

“Geralmente, o tratamento cirúrgico só não é indicado para pacientes idosos, sem lesões associadas, que não realizam atividade física e com a estabilidade do joelho preservada”.

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A cirurgia é pouco invasiva, realizada por videoartroscopia e utiliza enxertos de tecidos retirados do próprio paciente para a reconstrução do LCA.

“Mas tão importante quanto a cirurgia é a reabilitação pós-operatória, que, se realizada de maneira inadequada, pode comprometer o sucesso do tratamento. Esse processo envolve, sessões de fisioterapia, com foco, inicialmente, na recuperação dos movimentos e, depois, no fortalecimento do ligamento”, recomenda o ortopedista.

Devido aos avanços nas técnicas de cirurgia e reabilitação, hoje, grande parte dos pacientes não apresenta impactos em seus níveis de intensidade e performance nas atividades esportivas.

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“Para isso, é indispensável que o tratamento seja adequado e o retorno seja gradual, de acordo com a velocidade de reabilitação da pessoa e sempre com liberação do médico. O tempo necessário para que o atleta volte às práticas pode ser diferente de acordo com cada caso, mas é preciso que ele não seja apressado”, conclui o especialista em joelho e

 

 

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