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Como o estresse pode afetar a saúde íntima feminina?

O estresse pode causar o desequilíbrio do pH vaginal e alterações na flora vaginal, favorecendo o surgimento de infecções

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h32 - Publicado em 10 nov 2022, 16h15
Mulher vestindo calcinha com um ramo de flores
 (Freepik/Reprodução)
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O estresse é um problema que pode ser considerado como um dos males do nosso tempo. Isso porque ele está presente no cotidiano de quase todos nós e traz um impacto negativo para a saúde do organismo, uma vez que o corpo é diretamente afetado pelas emoções.

Inclusive, as emoções podem afetar a imunidade da mulher, deixando-a mais propícia a desenvolver infecções e doenças vaginais.

Ainda que o estresse não seja a causa direta dos problemas relacionados à saúde íntima feminina, ele pode causar o desequilíbrio do pH vaginal e alterações na flora vaginal.

“Situações de estresse e de baixa da resistência do organismo, dependendo do impacto, causam alterações do pH vaginal. No caso da vagina, o valor de pH saudável é entre 3,8 a 4,5, ou seja, é ácido”, esclarece a Dra. Larissa Caetano, ginecologista, obstetra e especialista em gravidez de alto risco e partos humanizados.

Além da ansiedade, o estresse em excesso causa um crescimento nos níveis de cortisol e de adrenalina, o que atrapalha as condições ideais para a produção da acidez necessária, promovendo alterações na flora e no pH vaginal.

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“Devido ao aumento de cortisol causado pelo estresse, o pH vaginal pode ficar mais ácido, fazendo com que ocorra um aumento de secreção que favorece o corrimento vaginal”, diz a médica.

Em razão do enfraquecimento do sistema imunológico, que é o responsável por proteger o organismo, acontece o desequilíbrio da microbiota e, com isso, pode ocorrer o desenvolvimento de infecções como a candidíase.

“O pH saudável ajuda a vagina a estimular as boas bactérias, que produzem ácido lático para manter o pH reduzido e ideal. Além disso, controla as bactérias ruins, funcionando basicamente como um sistema de defesa da região íntima, atuando dessa forma como uma barreira de proteção da vagina contra irritações e infecções” destaca a Dra. Larissa Caetano.

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Para preservar a saúde íntima, a médica ginecologista e obstetra lista cinco dicas.

 

  1. Visite o ginecologista regularmente: Além de manter as consultas em dia, também não se esqueça de que é fundamental realizar os seus exames ginecológicos de forma frequente.
  2. Nunca deixe sua roupa íntima secando no banheiro: Ao fazer isso, a peça ficará úmida por muito tempo, o que favorece o aparecimento de fungos e bactérias.
  3. Sexo seguro: Na hora da relação sexual, não deixe de usar o preservativo, pois ele é a melhor forma de prevenção contra as infecções sexualmente transmissíveis.
  4. Busque uma dieta saudável para a saúde vaginal: Por exemplo, carboidratos e açúcares em excesso podem favorecer infecções ginecológicas.
  5. Busque tratamento quando aparecerem as infecções: E lembre-se: cremes vaginais não são todos iguais, por isso, não utilize sem indicação médica.

“O suor e o abafamento, uma higiene inadequada, roupas muito apertadas e o uso de antibióticos, também podem ajudar a desregular o pH vaginal. É preciso ficar atenta, pois se estiver um ambiente muito ácido, existe o risco do desenvolvimento de infecções por fungos, como Candidíase. Já se estiver alcalino, a mulher pode contrair Vaginose”, conclui a Dra. Larissa Cassiano.

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