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Expectativas e promessas: como cuidar da saúde mental no fim de ano?

Psicóloga revela as estratégias mais importantes para preservar o equilíbrio emocional durante este período

Por Juliany Rodrigues
28 dez 2025, 22h00 •
como cuidar da saúde mental no fim de ano
Como cuidar da saúde mental no fim de ano? (freepik/Freepik)
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  • Para muitas pessoas, o período de fim de ano pode ser marcado pelo aumento de estresse, de melancolia e da sensação de exaustão.

    Esses sintomas podem surgir por diversos motivos, entre eles, a pressão para lidar com os familiares, as expectativas para o próximo ano, as preocupações com o que está por vir e a frustração por não ter atingido tudo o que foi planejado.

    De acordo com a Giorgia Ocinshi, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, essa piora no estado mental durante o fim de ano é conhecida como “dezembrite”.

    “A ‘dezembrite’ não é um diagnóstico propriamente dito, mas é um fenômeno comum nessa época”, conta.

    Como cuidar da saúde mental no final do ano?

    A psicóloga revela que, para preservar a saúde mental nesta época, é fundamental adotar estratégicas e estabelecer limites saudáveis.

    “Isso inclui aprender a dizer ‘não’ para convites ou tarefas que sobrecarregam, priorizando o que é realmente importante”, explica.

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    Outra questão importante é gerenciar as expectativas. É preciso abandonar a ideia de que existe um fim de ano perfeito e se concentrar em aproveitar os momentos como eles são.

    “Se você estiver lidando com luto, perdas ou saudade, reconheça a melancolia como um sentimento normal, permitindo-se sentir sem julgamento”, comenta.

    Quando estiver se sentindo triste, melancólico ou sobrecarregado, busque apoio de familiares, amigos e pessoas de confiança.  “Diálogos criam laços, que são parte do suporte para lidar com situações ruins.”

    Reservar um tempo para si na rotina é indispensável mesmo em meio à correria de fim de ano. Procure separar, pelo menos, 15 minutos para se dedicar à atividades relaxantes, por exemplo, leitura, música e meditação.

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    “Reflita sobre o que o fim de ano significa para você, seja passar tempo com entes queridos, fazer trabalho voluntário ou simplesmente descansar, e priorize essa conexão pessoal, em vez de se alinhar às expectativas sociais”, destaca.

    Como lidar com as metas não cumpridas?

    A frustração é um sentimento comum que aparece quando não conseguimos atingir os objetivos que determinamos para nós mesmos ao longo do ano. Ela costuma vir acompanhada da culpa e da sensação de fracasso.

    É importante entender que, independentemente do que foi idealizado, a vida acontece e que nem tudo sai como o planejado (e isso não tem nada a ver com falta de força de vontade ou de competência).

    Para a psicóloga, vale tentar transformar a frustração em aprendizado, tornando-a uma aliada no processo de crescimento e de autoconhecimento.

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    “O primeiro passo desse processo é a autoaceitação e a validação do esforço investido. É essencial evitar a mentalidade de ‘tudo ou nada’, reconhecendo que qualquer progresso é valioso.”

    “É necessário praticar a gentileza consigo mesmo, pois a autocrítica destrutiva apenas mina a motivação futura”, orienta.

    Ocinshi lembra que a vida é cheia de imprevistos e desvios que, muitas vezes, fogem do nosso controle.

    “O foco deve ser transferido para o processo e, principalmente, para a lição. A pergunta central é: ‘O que eu aprendi?’ Isso envolve identificar o que impediu o avanço (falta de tempo, energia ou clareza) e determinar o que será feito de diferente no próximo ciclo”, reflete.

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    Para o ano seguinte, ela sugere que você reavalie as suas metas e verifique se alguma deixou de fazer sentido para você ou se é necessário reajustar algo.

    “Se a meta for reajustada, veja se ela é realista e está bem definida. Pode ser interessante, por exemplo, fracionar a meta em passos viáveis para o dia a dia.”

    A especialista ainda enfatiza que é indispensável reduzir as comparações com a trajetória de outras pessoas. Reconheça que cada indivíduo parte de condições, histórias e recursos diferentes.

    “É fundamental compreender que o tempo e o processo de cada pessoa são únicos. O que aconteceu para o outro, seja uma conquista profissional, um relacionamento ou uma mudança de vida, não precisa, necessariamente, acontecer da mesma forma ou no mesmo momento para você. Comparações constantes geram frustração e distorcem a percepção da própria realidade”, explica Giorgia.

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    “Estar em um ritmo diferente não significa estar atrasado. Significa apenas que sua trajetória está sendo construída de outra maneira, e isso é legítimo. Aceitar isso é um passo importante para preservar a saúde mental e fortalecer a autoestima”, finaliza.

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