5 fatos que você precisa saber sobre HPV

Cercado por tabus, o vírus acomete milhões de pessoas por ano; vacinação e cuidado integrado são cruciais para prevenir e controlar sua disseminação

Por Abril Branded Content
Atualizado em 21 out 2024, 16h40 - Publicado em 27 jul 2023, 11h51
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O papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, é uma infecção sexualmente transmissível que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode levar a patologias no sistema reprodutivo, como condiloma acuminado, comumente chamadas de verrugas genitais. Além disso, dos mais de 200 subtipos já mapeados, pelo menos 14 são apontados como oncogênicos, indicando maior risco para doenças como o câncer de colo de útero.

Devido a sua classificação como uma infecção sexualmente transmissível (IST), muitas vezes o assunto é cercado por preconceitos. Portanto, é fundamental promover o diálogo e aumentar a conscientização sobre o tema. Ao compreendermos melhor o vírus e os métodos disponíveis de prevenção e tratamento, podemos combater o estigma associado a ele e proteger a saúde sexual, reprodutiva e mental de homens e mulheres em todo o mundo. 

Confira cinco fatos sobre o assunto:

1. O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de vírus comum no mundo.

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode infectar tanto a pele como mucosas da região anogenital e oral; apesar de ainda ser cercada por muitos tabus, a doença é considerada uma das IST’s mais comuns no mundo todo – ou seja, a maioria dos indivíduos sexualmente ativos entrou ou entrará em contato com o HPV em algum momento da vida, principalmente durante a juventude, momento em que as taxas tendem a ser elevadas.

2. Cuidado integral e detecção precoce é crucial para barrar a contaminação.

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É fato que o rastreamento regular do câncer de colo do útero e a imunização contra o HPV são métodos complementares que oferecem maior proteção às mulheres no desenvolvimento de neoplasias genitais. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda uma série de ações preventivas, como educação sobre práticas sexuais seguras, fornecimento de preservativos para pessoas sexualmente ativas, e a indicação para exames preventivos, como o Papanicolau e a colposcopia, capazes de detectar alterações nas células cervicais que podem levar ao câncer.

3. A vacinação contra o HPV é a estratégia mais eficaz para prevenção contra a infecção.

Existem diversos subtipos de HPV, sendo os HPV-16 e HPV-18 responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero, reconhecido como o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer. 

A vacina é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) parte fundamental da estratégia de eliminação dessa doença e a meta [da Iniciativa Mundial de Eliminação do Câncer do Colo do Útero] é que, até 2030, 90% das meninas de até 15 anos em todo o mundo estejam vacinadas contra o HPV – já que, segundo estimativas, a vacinação pode ser capaz de prevenir mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero.

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No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) inclui a vacina quadrivalente disponível – com as doses fornecidas de forma gratuita – para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos e adultos que vivem com HIV, transplantados ou em tratamento contra o câncer.

4. Mulheres e homens adultos podem se vacinar.

O Programa Nacional de Imunização incluiu a vacinação contra o HPV em seu calendário em 2014, vacinando meninas de 9-14 anos de idade. Depois disso, em 2016, meninos de 11-14 anos foram também incluídos no programa. Dessa forma, existe uma geração de mulheres e homens adultos que não foram contemplados pelo programa. Apesar disso, em 2021, o MS/PNI ampliou a idade de vacinação para o público feminino, beneficiando também pessoas portadoras de HIV, transplantados e pacientes oncológicos.

Nesse contexto, em 2022, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) emitiu um posicionamento recomendando aos ginecologistas a indicação da vacinação de mulheres adultas contra o HPV, considerando que mesmo em pacientes que já apresentaram lesões, o imunizante atua diminuindo em 60% a 80% as chances de recidiva, contribuindo com a meta de erradicação do câncer de colo de útero.

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Além disso, na rede privada está disponível uma nova vacina nonavalente para pessoas entre 9 e 45 anos que protege contra nove sorotipos do papilomavírus humano.

Apesar do HPV ser, geralmente, relacionado às mulheres e ao colo de útero, as doenças causadas por ele também afetam outros grupos. Pessoas com sistema genital masculino também podem desenvolver cânceres relacionados à infecção pelo papilomavírus humano. É estimado que cerca de 50% dos casos de câncer de pênis são relacionados à infecção pelo vírus. Ainda, entre 80 e 85% dos casos de câncer anal em homens, são causados pelo HPV. 

Outro grupo de risco é o de pessoas imunocomprometidas, incluindo aquelas vivendo com HIV, ambos homens e mulheres, que são mais propensos a uma infecção persistente pelo vírus com progressão mais rápida para o câncer. Por fim, os homens transgêneros com útero precisam de uma melhor prevenção contra o HPV devido aos desafios e barreiras associados ao rastreamento do câncer do colo do útero.

5. A vacina está disponível para meninas e meninos.

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De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), anualmente são registrados mais de 30. 000 novos casos de cânceres do sistema reprodutivo no país, atingindo homens e mulheres de diferentes idades. Inicialmente, as vacinas HPV foram desenvolvidas com o objetivo de proteger as mulheres do câncer cervical; entretanto, à medida em que foram encontradas evidências de que o HPV também causa doenças na população masculina, os homens passaram a ser reconhecidos como vítimas do vírus e foram incluídos em programas de imunização do mundo todo.

Em junho de 2022, o Ministério da Saúde ampliou a cobertura vacinal para meninos de 9 e 10 anos. Dessa forma, passam a ter acesso gratuito à vacina os meninos e meninas de 9 a 14 anos e as pessoas com condições especiais — convivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos. 

A conscientização sobre o HPV, bem como a prevenção e o diagnóstico precoce torna-se cada vez mais urgente, a fim de garantir uma vida saudável para meninos e meninas, além de reduzir a ocorrência de casos de câncer.

Para mais informações sobre o HPV,  acesse https://www.podeacontecer.com.br.  

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Referências:

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