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Vasectomia: mitos e verdades sobre o procedimento

Procedimento cirúrgico que impede o homem de ter filhos, a vasectomia ainda gera muitas dúvidas comuns. Confira alguns mitos sobre o procedimento!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 17h42 - Publicado em 12 jan 2024, 10h00
Médico esclarece os principais mitos sobre a vasectomia
Médico esclarece os principais mitos sobre a vasectomia (pressfoto/Freepik)
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A vasectomia é um procedimento cirúrgico que impede o homem de ter filhos, feito através de uma cirurgia que interrompe a circulação dos espermatozóides produzidos pelos testículos e conduzidos para os canais que desembocam na uretra, impedindo a gravidez.

Apesar de ser conhecido, ainda existem muitos tabus e dúvidas a respeito do método. Diante disso, o cirurgião geral Ernesto Alarcon, especialista em videolaparoscopia – cirurgias de hérnias, vesículas, vasectomia, entre outras –, desvenda mitos e verdades sobre a vasectomia, destacando a importância do planejamento familiar masculino com a ajuda do procedimento.

Mitos e verdades sobre a vasectomia

1

Pode ser reversível?

Embora a vasectomia seja um método de esterilização permanente, existe a possibilidade de reversão em alguns casos. A reversão consiste em religar os canais deferentes, permitindo que os espermatozoides voltem a circular. No entanto, ela não é garantida, pois depende de vários fatores, como o tempo decorrido desde a cirurgia, a técnica utilizada, a idade do homem e a qualidade do sêmen.

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A reversão é um procedimento mais complexo, demorado e caro do que a vasectomia, e pode não ser coberto pelo plano de saúde ou pelo SUS. Por isso, a vasectomia deve ser considerada como uma decisão definitiva, e só deve ser feita por homens que têm certeza de que não querem mais ter filhos biológicos.

2

Vasectomia aumenta o risco de câncer?

Esse é um mito que surgiu a partir de alguns estudos que sugeriram uma associação entre a vasectomia e o câncer de próstata. No entanto, esses estudos foram contestados por outros que não encontraram nenhuma relação causal entre os dois. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) afirmam que não há evidências científicas que comprovem que a vasectomia aumente o risco de câncer de próstata.

Os homens que fizeram ou pretendem fazer a vasectomia devem seguir as mesmas recomendações de prevenção e rastreamento do câncer de próstata que os demais, como manter uma alimentação saudável, praticar atividade física, evitar o tabagismo e o alcoolismo, e fazer exames periódicos a partir dos 50 anos ou antes, se houver fatores de risco ou sintomas.

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3

Precisa usar preservativo depois da vasectomia?

Não usar preservativo é um erro grave, que pode colocar em risco a saúde do homem e de sua parceira ou parceiro. A vasectomia só previne a gravidez, mas não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis (DSTs), como HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, HPV, herpes, hepatites, entre outras.

Além disso, a vasectomia não é efetiva imediatamente após a cirurgia, pois ainda pode haver espermatozoides residuais no canal deferente. Por isso, é necessário fazer um exame de espermograma após cerca de três meses ou 20 ejaculações, para confirmar a ausência de espermatozoides no sêmen. Até lá, é preciso usar outro método contraceptivo para evitar uma gravidez indesejada. Portanto, a vasectomia não substitui o uso de preservativo, que é o único método que previne tanto a gravidez quanto as DSTs.

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