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Natureza e mente: como o ambiente verde combate o declínio cognitivo

Estudo descobriu que mulheres que residiam em áreas verdes apresentaram níveis cognitivos mais altos ao longo do tempo

Por Giovana Santos
Atualizado em 12 set 2024, 18h44 - Publicado em 11 set 2024, 18h00
mulher idosa sorrindo em um lugar montanhoso
 (Reprodução/Freepik)
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Estar próximo da natureza na vida adulta contribui para a redução do declínio cognitivo no futuro. É o que aponta um estudo de julho publicado no periódico Environmental Health Perspectives. Esse resultado se mostrou ainda mais verdadeiro em localidades de baixo índice socioeconômico.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores selecionaram cerca de 17 mil mulheres na terceira idade participantes do Nurses’ Health Study. Todas elas realizaram pelo menos quatro testes cognitivos entre 1995 e 2001. Então, foram monitoradas até 2008.

Além disso, os cientistas avaliaram a dimensão das áreas verdes nos locais onde as voluntárias viviam por meio de imagens de satélite – capturadas 9 anos antes do início dos testes. Outros dados, como idade, poder aquisitivo e depressão, também foram levados em conta.

Assim, constatou-se que aquelas que mantinham um maior contato com a natureza atingiram notas mais altas nos testes cognitivos no início do experimento – além de terem apresentado taxas mais baixas de declínio mental com o passar do tempo.

Outros benefícios da natureza

Outro artigo um pouco mais antigo, publicado no periódico britânico Scientific Reports, monitorou a atividade do cérebro, dos batimentos cardíacos e das experiências comportamentais de 17 adultos quando em contato com os barulhos da natureza.

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E descobriu que a exposição a esses tipos de som altera certas conexões da massa cinzenta, reduzindo nosso estresse e o instinto que o corpo tem de acionar o modo ‘luta ou fuga’ — resposta do sistema nervoso simpático perante uma situação encarada como ameaça.

Cada participante ouviu duas faixas: uma com sons da natureza e outra com sons de ambientes criados ou compostos por pessoas.

Durante cada uma delas, os voluntários realizaram tarefas que exigiam atenção e reflexo enquanto seus sistemas de envolvimento involuntário eram analisados, como respiração, pressão sanguínea, temperatura corporal, metabolismo e digestão.

O resultado mostrou, então, que sons naturais estavam diretamente relacionados a sensações de calma e relaxamento enquanto os artificiais despertavam preocupação e ansiedade.

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Os estudiosos envolvidos na pesquisa afirmam que os benefícios da descoberta podem ser sentidos em apenas cinco minutos de exposição, especialmente se você está em um dia ruim e precisa desestressar.

Então, tente dar um pulinho no parque durante seus intervalos ou até mesmo no fim de semana caso tenha tido alguns dias intensos no trabalho.

Não consegue se deslocar? Você pode encontrar esse tipo de faixa online ou ouvi-la em programas de streaming. Não vai ser exatamente a mesma coisa, mas já ajuda!

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