Você precisa fazer muito mais exercícios que os homens das cavernas

Os nossos ancestrais eram nômades e caçavam a própria comida, o que resultava em ossos e músculos muito mais fortes

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h40 - Publicado em 7 mar 2022, 08h00
exercícios físicos homens das cavernas
 (Pixabay / Pexels/Divulgação)
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Pare para pensar por um momento: os homens e mulheres das cavernas passavam muitas horas – senão dias – vagando a terra atrás de comida e abrigo. Seus corpos eram não só determinados pela força física necessária para a caçada, mas também pela quantidade de tempo ativo que essas pessoas tinham em um dia comum. Agora, pense na sua rotina. Ela é parecida com a dos nossos ancestrais? Não, né? 

Um estudo recente desenvolvido pelas Universidades de Cambridge e Penn State comprovou que os ossos dos humanos contemporâneos são mais leves e frágeis do que os dos nossos ancestrais – um resultado do desenvolvimento da agricultura e da queda nos níveis de atividades físicas executadas diariamente. 

Pois bem: é por esse motivo que, hoje, precisamos fazer muito mais exercícios físicos do que os nossos ancestrais jamais pensariam em praticar. Com a evolução da humanidade e da sociedade, é um fato que, atualmente, passamos muito mais tempo sentados do que em pé, caminhando pelo mundo. Então, se você precisa de uma inspiração para começar uma rotina de atividades físicas… esse é o sinal que você estava esperando! 

POR QUE FAZER EXERCÍCIOS FÍSICOS? 

Segundo Murilo Queiroz da Paz, personal trainer cadastrado no GetNinjas, o exercício físico é importante e necessário para que o nosso organismo usufrua dos seus benefícios físicos e mentais, como redução de riscos de acidente vascular cerebral, controle da pressão arterial, redução e controle do diabetes, redução do estresse e melhoria da sensação de bem-estar. 

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Não só isso, mas você já deve saber também que a prática de atividades físicas melhora a qualidade do sono, regula o nosso humor e até aumenta a nossa disposição para fazer as atividades do dia a dia. 

Segundo um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47% da população brasileira é sedentária – um número que quase dobra quando se fala na população jovem: 84%.  

“Com uma rotina cada vez mais dependente da tecnologia e suas inúmeras facilidades, as pessoas têm menos necessidade de se deslocar para realizar atividades físicas comuns de locomoção, como ir a padarias, supermercados, etc.”, explica Murilo. “Hoje, as pessoas ficam mais sentadas do que em movimento e mudaram os seus hábitos alimentares. Isso ocasionou um aumento significativo do sedentarismo, da obesidade adulta e infantil e aumentou os riscos de doenças cardiovasculares e degenerativas pela ausência de atividades físicas.” 

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COMO COMEÇAR UMA ROTINA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS?

“O mais importante é como começar, e não por onde”, continua o profissional. Para o educador físico, é importante identificar, antes de tudo, os motivos e os objetivos de um aluno que pretende começar a praticar exercícios: ele busca melhoria na qualidade de vida ou emagrecimento?; alto rendimento ou reabilitação?; e assim por diante. 

Além disso, é essencial também identificar a atividade que gera maior afinidade com o aluno, seja uma prática esportiva, de musculação ou corrida. “Isso possibilita ao aluno uma motivação extra para iniciar e se manter na prática, pois a atividade se torna mais prazerosa”, diz. 

Outro ponto vital nesse processo é começar essas atividades de maneira leve ou moderada e adquirir resistência física e cardiorrespiratória antes de aumentar a intensidade dos exercícios. 

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CUIDADOS ESSENCIAIS AO PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS 

Por fim, mas não menos importante, é preciso ter em mente que existem cuidados na prática física, especialmente se o aluno está sedentário. Contar com a ajuda de um profissional de educação física, por exemplo, é importante pra que o aluno tenha o direcionamento correto e realize os exercícios da maneira ideal, minimizando sobrecargas da articulação e dos músculos, bem como controle nos níveis de intensidade e volume dos treinos. 

“Isso é importante para que o aluno mantenha o equilíbrio, gerando uma adaptação fisiológica necessária para melhorar os níveis de condicionamento”, explica Murilo. “Esses cuidados são necessários para que a sessão de exercícios não tenha um excesso de intensidade, podendo prejudicar músculos, articulações e outras estruturas do nosso corpo.” 

  

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