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Como medir a intensidade do meu treino?

Saiba quais métodos realmente funcionam para monitorar a intensidade durante o exercício

Por Helena Saigh
19 nov 2025, 20h00
Mulher treinando intensamente com cordas
Ritmo, respiração e frequência cardíaca mostram o nível de esforço. (aleksandarlittlewolf/Freepik)
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Monitorar a intensidade do treino é essencial para garantir estímulos adequados e proteger o corpo de sobrecarga. A forma como o organismo responde ao esforço determina não apenas o gasto energético, mas também a adaptação cardiovascular, muscular e metabólica. E, apesar da tecnologia facilitar esse controle, há maneiras simples e confiáveis de avaliar intensidade mesmo sem dispositivos.

Pesquisas publicadas no Journal of Sports Science & Medicine mostram que treinar na zona correta de esforço melhora performance e reduz o risco de lesões.

Já a American Heart Association reforça que monitorar a intensidade ajuda a adequar o treino ao objetivo. Seja ele perda de gordura, ganho de resistência ou melhora cardiorrespiratória.

Frequência cardíaca como parâmetro

A frequência cardíaca ainda é o parâmetro mais usado para medir intensidade. Ela indica quanto o sistema cardiovascular está sendo exigido durante o exercício.

A referência é a frequência cardíaca máxima (FCM), estimada pela fórmula 220 menos a idade. A partir disso, os níveis de esforço são classificados assim:

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  • Leve: entre 50% e 60% da FCM
  • Moderado: entre 60% e 75%
  • Vigoroso: acima de 75%

Um estudo da Mayo Clinic reforça que treinos moderados a vigorosos produzem maior adaptação cardiovascular. Na prática, manter o batimento dentro dessas zonas garante um parâmetro objetivo para avaliar o treino.

Percepção de esforço como indicador

Para quem não usa monitor cardíaco, a Escala de Borg (RPE), criada pelo fisiologista Gunnar Borg, é uma ferramenta simples e eficiente. Pesquisas da National Library of Medicine mostram que ela se correlaciona bem com variáveis fisiológicas, como VO₂ e FC.

A escala vai de 0 a 10. Esforços entre 3 e 4 indicam intensidade leve a moderada; entre 5 e 7, moderada sustentada; e acima de 8, vigorosa. Essa percepção ajuda a ajustar o treino mesmo sem equipamentos.

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Respiração e fala como medidores

Um dos métodos mais usados em pesquisas do Centers for Disease Control é o talk test (teste de fala). Ele avalia a capacidade de falar durante o exercício.

Se a respiração permite frases completas, o esforço é moderado. Quando só é possível dizer poucas palavras, o treino passa para vigoroso. O método é considerado confiável e ajuda a ajustar a intensidade de forma prática.

Respostas do corpo ao aumento de intensidade

A literatura científica aponta marcadores que ajudam a identificar quando a intensidade aumenta. Entre eles estão aceleração da respiração, aumento da temperatura corporal, sensação de queimação muscular mais rápida e necessidade de intervalos maiores.

O European Journal of Applied Physiology destaca que esses sinais estão diretamente ligados à elevação da demanda energética e ao aumento do consumo de oxigênio durante o esforço.

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Por que controlar intensidade importa

Controlar a intensidade evita treinar sempre abaixo do necessário ou ultrapassar o limite de forma frequente. Manter o esforço sempre muito alto aumenta risco de overreaching, queda de desempenho e fadiga acumulada. Por outro lado, intensidade bem dosada melhora eficiência do treino e acelera adaptações.

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