Qual é a velocidade correta da execução de um exercício?
O ritmo certo transforma o estímulo muscular
A forma como você controla o ritmo de um exercício muda completamente o estímulo muscular e a qualidade da execução. Embora muita gente pense apenas na carga, o tempo que você leva para levantar e descer o peso influencia diretamente a maneira como o músculo trabalha, a fadiga que ele acumula e até o quanto você consegue manter a postura ao longo da série.
Na prática, a velocidade é uma variável que determina se você está realmente treinando o músculo alvo ou apenas movendo o peso para cima e para baixo sem consciência do movimento.
O olhar de quem está na sala de musculação
Segundo o educador físico Valdecir Lima, a velocidade não pode ser tratada como detalhe. Para ele, “quanto maior o movimento, mais fibras musculares são acionadas, o que gera mais resultados, principalmente quando você o executa em uma velocidade lenta”.
A lógica é simples: quando o ritmo desacelera, o músculo trabalha mais tempo, a série fica mais controlada e você consegue perceber exatamente onde está aplicando força. Isso evita compensações do tronco, trancos e perda da amplitude.
Quando a percepção muda com a velocidade
A experiência prática também revela como controlar o ritmo transforma a relação com o exercício. A editora de fitness da Boa Forma, Daniela Bernardi, explicou: “Fui adepta das máquinas da musculação por mais de dez anos, mas nunca tive certeza se estava fazendo os movimentos de forma correta. Algo que as máquinas normais não me dizem. Dessa vez foi diferente.”
Ela testou equipamentos com monitoramento visual e percebeu na hora o impacto da velocidade no treino: “Testei os novos aparelhos da Competition e consegui seguir um padrão personalizado de amplitude e velocidade durante todas as séries.” O feedback foi imediato:
“Nas primeiras três repetições, a máquina identificou meu movimento e, depois, criou uma espécie de joguinho para eu seguir. Precisei manter a bolinha verde dentro do caminho branco. Se eu errava a velocidade ou não estendia os braços o suficiente, por exemplo, a bolinha virava vermelha.”
E o ajuste de ritmo mudou até a percepção de carga: “O estímulo visual me ajudou a me concentrar mais na execução e até sentir que poderia colocar mais carga por estar mais consciente em relação ao que estava fazendo.”
O que acontece no músculo quando o ritmo muda
Uma revisão publicada no Journal of Physiology mostrou que ritmos mais lentos aumentam a ativação muscular e prolongam o tempo sob tensão, dois pontos importantes para hipertrofia.
Outro estudo, do European Journal of Applied Physiology, observou que repetições controladas ajudam no alinhamento corporal, reduzem erros e melhoram o padrão motor, exatamente o que Daniela sentiu nos testes das máquinas.
A velocidade, portanto, não é uma escolha aleatória: ela faz parte da técnica.
Então qual é a velocidade certa?
A resposta depende do objetivo do treino. Ritmos lentos favorecem a hipertrofia, velocidades moderadas funcionam bem para força e movimentos rápidos só fazem sentido em treinos de potência ou quando a técnica já está muito bem consolidada.
O mais importante é que a velocidade permita manter o controle do começo ao fim. Quando o movimento fica consciente, a execução melhora, e o resultado também.
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