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Pessoas com corpo tipo maçã têm mais risco de diabetes

Um estudo do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, descobriu a relação entre esse formato de corpo e o risco de doenças

Por Da Redação
Atualizado em 14 mar 2017, 19h27 - Publicado em 14 mar 2017, 19h23

Um estudo realizado por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts e publicado no JAMA descobriu que um padrão de variantes genéticas associado ao tipo de corpo “em formato de maçã” – no qual o a gordura é concentrada ao redor do abdômen e não nos quadris e coxas – aumenta as chances de desenvolver diabetes tipo 2 e doença coronariana, além de aumentar fatores de risco para doenças cardiovasculares. 

“As pessoas variam em sua distribuição de gordura corporal – algumas demonstram um acúmulo na barriga, o que chamamos de adiposidade abdominal, e algumas no quadril e coxas”, explica Sekar Kathiresan, professor associado da Faculdade de Medicina de Harvard e autor sênior do estudo. “A adiposidade abdominal tem sido correlacionada a doenças, mas não havia uma confirmação. Então, nós testamos se a predisposição genética à adiposidade abdominal estava associada ao risco de diabetes tipo 2 e doença coronariana e descobrimos que sim”, completou.

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Embora vários estudos observacionais tenham relatado maior incidência de diabetes tipo 2 e doença cardíaca em pessoas com uma concentração de gordura maior na barriga, eles não poderiam descartar a possibilidade de que fatores de estilo de vida – como dieta, tabagismo e falta de exercício – pudessem ser verdadeiras causas de aumento do risco. Também poderia ser possível que indivíduos nos estágios iniciais da doença cardíaca pudessem desenvolver adiposidade abdominal por causa de uma capacidade limitada de exercício.

Para responder a essas dúvidas, a equipe de pesquisa aplicou uma abordagem genética chamada randomização mendeliana, que mede se as variantes herdadas realmente causam resultados como o desenvolvimento de uma doença. Usando dados de um estudo prévio que identificou 48 variantes genéticas associadas à relação de medidas de cintura-quadril e ao índice de massa corporal – uma forma de estabelecer a adiposidade abdominal – eles desenvolveram uma pontuação de risco genético.

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Em seguida, aplicaram essa pontuação a dados de seis estudos sobre genoma e a dados individuais para determinar qualquer associação entre uma predisposição genética para gordura na região da barriga e fatores de risco para doenças. Os resultados indicaram claramente que a predisposição genética para a adiposidade abdominal está associada a aumentos significativos na incidência de diabetes tipo 2 e doença coronariana, juntamente com aumentos de lipídios no sangue, glicemia e pressão arterial sistólica. Não foi encontrada associação entre a pontuação de risco genético e os fatores de estilo de vida.

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