Continua após publicidade

Musculação na terceira idade: mitos e verdades

Não são apenas jovens que se beneficiam da prática das atividades físicas. Na terceira idade também é possível se exercitar para cuidar da saúde

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h44 - Publicado em 6 Maio 2024, 10h00

O envelhecimento traz diversos desafios para a saúde e o bem-estar das pessoas. No entanto, a prática regular de exercícios surge como uma aliada poderosa na promoção da vitalidade e qualidade de vida dos idosos. Dados do IBGE revelam que no Brasil, 9 milhões de idosos se dedicam a alguma forma de atividade física, com a caminhada liderando as preferências, seguida pelo passeio de bicicleta e pela musculação.

A musculação é tida como um ótimo exercício para a 3ª idade, pois combate a perda de massa magra e contribui significativamente para a manutenção da independência física e cognitiva dos idosos. Porém, é fundamental buscar orientação antes de iniciar qualquer programa de exercícios, garantindo segurança e adequação à prática.

“Uma avaliação médica completa pode identificar condições preexistentes, como pressão alta, diabetes, doenças cardíacas ou articulares, que vão direcionar para uma prescrição de forma correta e potencializar a capacidade daquele idoso se exercitar com segurança”, explica Anderson Dornelas, professor de educação física e gestor da Bodytech Brasília. Durante o treino, o monitoramento da pressão arterial, antes, durante e depois, além do uso do oxímetro, são essenciais para garantir a segurança e avaliar a carga interna à qual o aluno está sendo submetido.

Na sequência, o especialista explicou alguns mitos comuns sobre a prática de musculação para idosos.

Continua após a publicidade

3 mitos comuns sobre musculação para idosos

1

Idosos não podem levantar pesos

Eles podem, no entanto, segundo o especialista, o peso que este idoso irá usar depende de vários fatores, como idade, saúde, condição física e experiência prévia com exercícios de resistência. “Aqui, um instrutor de musculação qualificado vai ajudar a desenvolver um programa de treinamento personalizado e seguro, ajustando a intensidade e o volume de treino conforme as necessidades individuais e relação pregressa com o exercício físico”, ressalta. Exatamente por isso, é fundamental que o idoso comunique todo seu histórico e relação com o exercício físico, e também qualquer desconforto, dor ou dificuldade ao instrutor para que os ajustes necessários possam ser feitos.

2
Continua após a publicidade

Musculação causa dores nas articulações

Se feito de forma bem orientada e respeitando além da individualidade biológica, o princípio da sobrecarga progressiva, a musculação vai fortalecer as estruturas articulares, músculos, tendões e ligamentos mais fortes, maior estabilidade e maior qualidade de vida.

3

A musculação é apenas para quem quer músculos volumosos

Continua após a publicidade

Esse mito vem lá de trás, quando praticantes de musculação “eram espelhados”, em famosos como o ator Arnold Schwarzenegger. No entanto, a probabilidade de um idoso desenvolver musculaturas que lembram os fisiculturistas durante um treinamento tradicional, voltado para saúde, melhora da força muscular, e consequentemente da funcionalidade, sem uso de andrógenos é raríssima. “O importante é adaptar o programa de treinamento às necessidades e capacidades individuais, sempre buscando a orientação de um profissional qualificado”, recomenda o professor da Bodytech Brasília.

Publicidade