Como a sua dieta interfere na produção dos seus hormônios
A alimentação consegue interferir diretamente na produção hormonal do corpo. Veja como isso acontece aqui!
A produção hormonal é sempre uma pauta importante, ainda mais quando falamos das mulheres, que lidam com mudanças hormonais ao longo da vida. Seja no ciclo menstrual, durante a gravidez ou no climatério, estamos acostumadas a vivenciar mudanças que os hormônios geram no nosso humor, disposição e até no nosso sono. Agora, você sabia que a alimentação pode ajudar com tudo isso?
Pois é, já se sabe que a alimentação pode interferir na produção hormonal do corpo humano – tanto que existem dietas que tratam, especificamente, dessa função corporal, com o objetivo de normalizar essas produções.
Para a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, a nossa dieta pode influenciar diretamente a produção hormonal, assim como interferir no nosso ciclo circadiano e até nos nossos padrões de sono.
“Por exemplo, a produção de hormônio da tireoide depende muito do consumo de iodo, por isso, o nosso sal comercializado possui iodo de adição”, explica para Boa Forma.
Já os hormônios sexuais, diz a médica, dependem de gorduras boas para serem produzidos, que também podem ser consumidas na alimentação, trabalhando, dessa forma, a nossa libido.
No caso de mulheres no climatério, em que os hormônios geram uma série de desconfortos físicos, como os famosos fogachos, as adequações alimentares entram como aliados para lidar com esses sintomas. Uma recomendação comum é que a mulher diminua o consumo de alimentos processados – que, segundo estudos, podem interferir negativamente na produção hormonal – e aumente o consumo de frutas e legumes.
Além disso, é bastante conhecido o poder da soja nessas situações: o tofu, por exemplo, é rico em isoflavona, considerado um estrógeno natural, que, em teoria, ajuda no alívio dos sintomas desse período.
QUANDO ADOTAR UMA DIETA HORMONAL
Já deu para perceber que a nossa alimentação pode ser uma vilã ou uma aliada na produção hormonal, certo? Por isso, é importante entender quais são os seus objetivos e a real necessidade de investir em alimentos que interfiram nessa função corporal – só assim você poderá saber o que esperar dos resultados.
“Os resultados dependem muito do hormônio e da causa da deficiência”, continua a nutróloga. “No caso da tireoide, se é uma queda hormonal, a simples adequação da dieta ou reposição do iodo resolvem, mas é muito variável, não há uma regra.”
O que se sabe, continua ela, é que uma dieta balanceada é fundamental para o bom funcionamento do corpo. Logo, entender a causa da deficiência hormonal é fundamental para indicar o melhor tratamento, a cada caso. Isso significa tanto fazer adequações alimentares quanto recorrer a um tratamento medicamentoso adequado.
“Existem milhares de dietas hormonais, é preciso entender a necessidade do paciente e qual a dieta em questão para poder avaliar a eficiência e a real indicação”, finaliza.