Calvície em mulheres: 4 procedimentos para reverter a queda de cabelo
A perda acentuada dos fios muitas vezes pede transplantes, implantes ou próteses. Entenda cada caso
Você provavelmente já viu a cena antes: uma quantidade enorme de cabelo no ralo, na escova, no travesseiro… E o desespero por ver que os fios não voltam a nascer no couro cabeludo.
A queda excessiva é chamada de alopecia e pode dar as caras por diversos motivos. “O problema pode ocorrer devido à falta de nutrientes, como o ferro e zinco, complicações da tireoide e até uma alimentação muito restrita”, explica o médico Adriano Almeida, professor de tricologia e diretor da Sociedade Brasileira de Cabelo (SBC).
Mas essas causas, felizmente, são reversíveis com o tratamento adequado – que varia desde soluções locais, como o uso de xampus e pomadas próprias para o tratamento, à suplementação vitamínica. O problema é quando essas alternativas não são suficientes – como no caso da alopecia androgenética.
Como o próprio nome diz, ela é uma condição ligada aos genes em que as mudanças hormonais (testosterona nos homens e estrogênio nas mulheres) provocam falhas visíveis no couro cabeludo.
Por incrível que pareça, a calvície acomete homens e mulheres na mesma proporção. “A diferença é que nas mulheres ela é menos grave e mais difusa”, diz o especialista. Apesar de os tratamentos anteriores também serem incluídos em casos de calvície, o mais indicado para se livrar da questão são os transplantes e implantes – detalhados com a ajuda de Adriano e da cirurgiã plástica Juliana Sales, do Rio de Janeiro:
1. Próteses
Podem ser parciais, para cobrir uma região de falha na cabeça, ou totais (como perucas). E não precisa se preocupar: as tecnologias disponíveis estão cada vez mais naturais.
Vantagem: método não-invasivo.
Desvantagens: as opções que são coladas no couro cabeludo necessitam raspagem do cabelo na região. Apesar de bem fixas, deve-se prestar atenção aos cuidados com lavagem e tratamento (é preciso manutenção constante).
2. FUT (follicular unit transplantation)
Feito a partir dos anos noventa, o transplante retira uma faixa do couro para a posterior implantação na área afetada, que é feita raiz por raiz.
Vantagens: o resultado é o mais natural possível, uma vez que o cabelo transplantado é o do próprio paciente. Além disso, se os fios forem ralo abaixo, eles nascem de novo!
Desvantagens: o procedimento necessita sedação e a cicatriz na área retirada é inevitável (apesar de ser coberta pelo cabelo que irá nascer). A recuperação é mais dolorosa e a paciente fica com os pontos por aproximadamente uma semana.
3. FUE (follicular unit extraction)
Esse tipo de procedimento é feito com a extração fio a fio (não necessita a retirada de uma parte do couro cabeludo como no FUT). Contudo, é preciso raspar o cabelo na parte em que as raízes serão retiradas.
Vantagens: não fica cicatriz e proporciona aspectos tão naturais quanto no FUT.
Desvantagens: a paciente provavelmente ficará com uma faixa raspada por um tempo. Também necessita sedação.
4. Hairstetics
A novidade é um produto israelense inovador para quem não tem muita área doadora para transplante. Por meio de um cartucho com microagulhas, são implantados fios de náilon (mesmo material utilizado em cirurgias, de 12 a 25 unidades por vez) que imitam o cabelo.
Vantagens: processo rápido, em que o paciente leva apenas a anestesia local e pode voltar às suas atividades normalmente uma hora após o procedimento. A média de perda é de somente 10% dos fios implantados por ano. Há opções de fios lisos e crespos.
Desvantagens: como o produto implantado não é o próprio cabelo do paciente, pode ocorrer rejeição do organismo (por isso é feito um teste com o implante de 48 fios). Como as mechas novas não voltam a crescer se caírem, é recomendado uma manutenção a cada 4 anos. Além disso, deve-se evitar o manuseio de equipamentos em alta temperatura (como chapinha) e tinturas só estão liberadas se forem sem amônia. As opções de cores também são reduzidas: apenas sete.