Estrias têm tratamento, mas um ideal para cada tipo

Tratamentos para combater as estrias não faltam. Dermatologistas recomendam qual deve ser feito para cada caso.

Por Da Redação
Atualizado em 21 out 2024, 19h18 - Publicado em 16 jul 2014, 22h00
Uma mulher mostra suas estrias na barriga
 (Parinya Binsuk/Thinkstock/Getty Images)
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Conversamos com alguns dos dermatologistas mais antenados do país e a conclusão foi unânime: associar as técnicas de acordo com a cor e o aspecto das estrias é o que garante a eliminação de até 80% delas. Interessada? Encontre aqui as melhores opções para o seu caso e livre-se das estrias de uma vez por todas.

Como combater as estrias?

Para vencer qualquer batalha, primeiro é preciso conhecer o inimigo. E, em se tratando de estrias, saiba que existem três tipos: as vermelhas ou arroxeadas; as brancas, superficiais e estreitas; e ainda as brancas, profundas e largas. De forma geral, elas aparecem quando é exigido da pele um estiramento muito rápido. “Isso acontece durante a fase de crescimento, na gravidez, quando a mulher engorda muito ou aumenta os seios com uma prótese de silicone grande demais”, explica a dermatologista Marilis Lamelas, da Clínica Sani Corpus, em São Paulo.

As vermelhas ou arroxeadas são as mais fáceis de tratar, pois são recentes – a cor indica que o tecido não foi totalmente prejudicado e há sangue circulando no local. Com o passar do tempo, as linhas vão perdendo gradualmente a tonalidade até se tornarem esbranquiçadas. “Nessa fase, o tratamento, para dar bons resultados, precisa ser mais intenso e provocar uma agressão na pele para que ela reaja produzindo mais colágeno e elastina, que farão a cicatrização interna das estrias”, diz a médica. Por outro lado, quando essas estrias também são largas e profundas, há necessidade de métodos mais invasivos para estimular o preenchimento dessas linhas de dentro para fora.

Agora que você já sabe mais sobre a bandida, conheça as melhores armas para contra-atacar. Aqui, uma seleção das técnicas mais promissoras e daquelas que já provaram ser eficazes. “Vale lembrar que elas não são indicadas para gestantes, lactantes e para quem tem diabetes, hipertensão e problemas cutâneos”, avisa a dermatologista Valéria Campos, de Jundiaí (SP). É hora de atacar!

Leia mais: Estria: os tratamentos para fazer na clínica e em casa

Tratamento para estrias brancas, largas e profundas

Laser fracionado + subcisão

Como é

O tratamento começa com duas ou três sessões de laser fracionado, que promove microperfurações na pele, destruindo e aquecendo as fibras de sustentação. A função é melhorar a textura e alisar a pele. Quando os hematomas tiverem desaparecido – em cerca de 15 dias -, é feita a subcisão, um método cirúrgico ambulatorial que utiliza uma agulha com ponta cortante para descolar a derme profunda, traumatizando-a. “Isso estimula a formação de colágeno e recupera parcialmente a estria. Como o corte é pequeno, não há necessidade de pontos”, esclarece a dermatologista Cláudia Magalhães, de Recife.

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O que esperar

Redução da largura e da profundidade das estrias. O resultado só aparece entre 30 e 60 dias, tempo que o colágeno demora para se regenerar.

Dói?

É comum o laser provocar inchaço nas primeiras 24 horas e hematomas por duas semanas. Após a subcisão, o local fica dolorido e com hematomas por até uma semana. Não dá para malhar por três dias e o sol fica proibido por um ou dois meses.

Número de sessões

Entre três e cinco de laser, a cada 15 dias, e uma ou duas de subcisão, com intervalo de 60 dias.

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Tratamento para estrias brancas, superficiais e estreitas

Radiofrequência 

Como é

Durante meia hora, as ondas disparadas pela ponteira desse equipamento atingem e aquecem a camada mais profunda da pele. “Consequentemente, há contração e aumento das fibras de colágeno, a reorganização dos tecidos de sustentação e a aproximação das bordas das estrias”, afirma Patrícia Rittes, dermatologista de São Paulo.

O que esperar

Após quatro sessões, o aspecto das estrias é reduzido em até 60%.

Dói?

A área costuma ficar quente durante alguns minutos, mas o tratamento é praticamente indolor. Durante uma semana, é contraindicado tomar sol.

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Número de sessões

Entre oito e 16, com intervalo de três semanas.

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Laser fracionado

Como é

Feixes de luz são direcionados para a estria e penetram a pouco mais de 1 milímetro de profundidade na pele. “Nesse ponto, a energia estimula a produção de colágeno e elastina preservando boa parte das células, o que acelera o processo de cicatrização”, diz o dermatologista Paulo Barbosa, de Salvador.

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O que esperar

Uma única sessão promove uma melhora de cerca de 30% das linhas e o tratamento completo chega a 80%.

Dói?

O calor gerado pelo laser causa desconforto, mesmo sendo amenizado pela ponta de safira do aparelho, que resfria a pele. A área fica dolorida por alguns dias.

Número de sessões

De quatro a cinco, com intervalo de um mês.

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Peeling de cobre + Intradermoterapia

Como é

Primeiro é feito o peeling, que provoca uma microesfoliação e estimula a produção de colágeno e elastina. “O cobre reage com uma enzima da pele responsável pela produção de melanina, fazendo a estria voltar a ter a mesma tonalidade do restante do corpo”, explica a dermatologista Cristine Almeida de Carvalho, de São Paulo. Em seguida, é injetado na camada superficial um mix de substâncias capazes de reconstituir e devolver a elasticidade, firmeza e hidratação cutânea.

O que esperar

O resultado aparece, em média, após cinco sessões e a melhora das estrias varia entre 70% e 80%.

Dói?

As picadas são um pouco doloridas e deixam a pele sensível, daí a recomendação de não usar roupas justas, fazer ginástica e usar cremes ou óleos corporais no dia da aplicação. Tomar sol, só depois de um mês. Quanto ao peeling, ele deixa a região avermelhada e descamando por três dias.

Número de sessões

Quinze, com intervalo de uma semana.

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Carboxiterapia

Como é

“Um equipamento injeta gás carbônico no tecido subcutâneo para dilatar os vasos sanguíneos e estimular a formação de colágeno, preenchendo as estrias de dentro para fora”, diz a dermatologista Valéria Campos, de Jundiaí (SP).

O que esperar

O resultado aparece a partir do segundo mês de tratamento e a melhora das estrias pode chegar a 50%.

Dói?

A sessão de 15 minutos de picadas é dolorida, porém suportável, e quando um vasinho é atingido a região pode ficar roxa por três a cinco dias, período em que você precisa ficar distante do sol.

Número de sessões

Doze, uma por semana.

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Tratamentos para estrias vermelhas e arroxeadas

Infravermelho + Ácido retinoico

Como é

Um aparelho com ponteira de cristal dispara raios infravermelhos que aquecem as camadas mais profundas da pele, provocando a sua retração e produzindo mais fibroblastos, que são as células formadoras do colágeno e da elastina. “Meia hora depois é aplicado o ácido retinoico, que também estimula o aumento das fibras de sustentação da pele”, explica o dermatologista João Carlos Pereira, de São José do Rio Preto (SP).

O que esperar

Três meses após o tratamento, o aspecto das linhas melhora entre 40% e 80%, dependendo da largura.

Dói?

O desconforto do infravermelho é suportável. A coloração das estrias fica mais intensa nos primeiros dias e vai clareando aos poucos.

Número de sessões

No mínimo três, uma por mês.

Luz intensa pulsada + Ácido retinoico

Como é

“O tratamento começa com a aplicação da luz intensa pulsada, que promove a regeneração das estruturas da pele, além de tratar os vasos dilatados que dão a aparência avermelhada”, fala a dermatologista Flávia Martelli, de São Paulo. Em seguida, é aplicado o peeling de ácido retinoico, que otimiza a ação da luz.

O que esperar

O tom da pele fica entre 30% e 80% mais uniforme e as estrias tornam-se mais finas.

Dói?

A pele fica sensível e pode descamar de cinco a dez dias. Durante uma semana deve-se evitar atividades físicas intensas e banhos quentes. A exposição solar está liberada depois de um mês.

Número de sessões

Entre três e seis, com intervalo de um mês.

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Peeling de cristal + Ácido retinoico

Como é

Os dois tratamentos são feitos na mesma sessão. “Primeiro, vem o peeling de cristal, que libera jatos de pó de óxido de alumínio para esfoliar e facilitar a penetração do ácido retinoico, que descama a pele e estimula a produção de colágeno”, fala a dermatologista Jozian Quental, de São Paulo.

O que esperar

No final do tratamento, há uma melhora de até 40% na textura das estrias, que também ficam mais claras.

Dói?

Não, causam apenas vermelhidão por duas horas e descamação suave durante uma semana.

Número de sessões

De 15 a 20, com intervalo de dez dias.

Vitamina C + Luz intensa pulsada

Como é

A vitamina C a 22% é injetada com uma agulha fininha na camada superficial da pele. “O ativo age nos vasos que dão a coloração avermelhada às estrias e estimula a aproximação das bordas, deixando-as menos visíveis”, diz Patrícia Rittes. Em seguida, durante meia hora, entra em ação o equipamento de luz intensa pulsada. Ele tem uma ponteira que dispara uma energia que promove a contração da derme auxiliando o afinamento das linhas.

O que esperar

O resultado aparece a partir da quarta sessão e até o fim do tratamento as estrias ficam cerca de 60% mais claras e finas.

Dói?

As picadas incomodam e podem deixar hematomas por três a cinco dias. Nesse período, é recomendado ficar longe da ginástica, evitar roupas justas e não tomar sol.

Número de sessões

Dez de vitamina C, uma a cada 15 dias, e quatro de luz pulsada, com intervalo de três semanas.

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