
A frustração dói. Ela aparece quando os planos desmoronam, quando os sonhos se adiam, quando a vida responde com um “não” bem no momento em que você mais queria um “sim”.
Não importa o tamanho da expectativa: quando ela não encontra correspondência na realidade, o coração sente. E ei, tá tudo bem sentir. Tudo bem se decepcionar. Tudo bem não saber exatamente o que fazer depois.
O primeiro passo é esse: não negar o que dói. A frustração precisa ser acolhida, escutada, reconhecida.
Não se trata de dar palco para o sofrimento, mas de permitir que ele seja atravessado com dignidade e não ignorado, afinal, reprimir a dor não faz com que ela vá embora, faz com que ela se esconda em cantos ainda mais difíceis de “se livrar” depois.
Mas tão importante quanto sentir é aprender a colocar um limite nesse sofrer. Porque se por um lado nos humaniza entrar em contato com a dor, por outro nos adoece mergulhar fundo demais sem trazer um respiro.
O sofrimento não precisa se tornar um lugar de permanência. Ele é travessia! A vida não se resume ao que saiu errado. Se você está frustrado agora, talvez o que mais precise seja de um olhar gentil para si.
Um olhar que não cobre perfeição, que não exija saber todas as respostas, que entenda que falhar, se frustrar, não é o fim, mas parte do caminho de quem está tentando.
Para ajudar nesse processo de reorganização interna, deixo abaixo alguns questionamentos que podem abrir novas perspectivas sobre a frustração e a vida:
- O que exatamente eu esperava que acontecesse, e por que isso era tão importante para mim?
- O que essa situação está tentando me mostrar que eu ainda não quis (ou não consegui) enxergar?
- O que ainda está sob meu controle agora?
- Quantas outras vezes a vida me disse “não” e, depois, eu percebi que foi o melhor?
- Essa dor merece toda essa energia, ou estou prolongando o sofrimento além do necessário?
- Como posso seguir em frente com mais verdade, mais gentileza e menos rigidez comigo a partir daqui?
Não é sobre evitar a dor, mas aprender a passar por ela com presença, com verdade, com limites. Sentir, sim. Se afundar e ficar na fossa, não.
A frustração pode ser um portal para o autoconhecimento, para escolhas mais conscientes, para reconstruções mais autênticas.
Que ao atravessar essa fase, você consiga carregar menos culpa e mais consciência. Menos rigidez e mais compaixão. Menos controle e mais entrega ao fluxo da vida.
Porque mesmo quando tudo parece ter saído do plano… você continua sendo suficiente. Inteiro. Capaz. Humano. E isso é mais do que o bastante!
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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3
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