Imagem Blog

Terapia e felicidade, com Priscila Conte Vieira

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A psicóloga Priscila Conte Vieira (CRP 08/30418), especialista em psicologia positiva, auxilia você a ter uma vida mais leve e mais feliz!

Nem todo padrão socialmente admirado é emocionalmente saudável

Por Priscila Conte Vieira
21 jun 2025, 18h00
Nem todo padrão socialmente admirado é emocionalmente saudável
Nem todo padrão socialmente admirado é emocionalmente saudável | (wavebreakmedia_micro/Freepik)
Continua após publicidade

padrões de comportamento nocivos que são aplaudidos pela sociedade. Pessoas cuidadoras, generosas, perfeccionistas, altamente comprometidas, que fazem sempre mais do que lhes é pedido, que se entregam com excelência, que pensam em todos antes de agir costumam ser vistas como fortes, confiáveis e admiráveis.

E talvez sejam mesmo, mas o que muitas vezes não se enxerga é o custo que esses padrões podem trazer. Porque nem sempre aquilo que é valorizado pelos outros faz bem para nós.

Quantas vezes uma pessoa extremamente cuidadora deixa de cuidar de si para atender ao outro? Ela sabe ouvir, acolher, antecipar necessidades.

Mas, em silêncio, sente que não pode parar, que precisa estar sempre disponível. E o esgotamento vem, acompanhado de uma sensação de vazio, como se sua importância no mundo estivesse unicamente atrelada ao que faz pelos demais.

Ou aquela pessoa criteriosa, perfeccionista, que entrega tudo com excelência e vive presa em um ciclo exaustivo de correções, cobranças e insegurança.

Ela pode ser reconhecida pelo alto padrão de qualidade que oferece. Mas, dentro dela, muitas vezes mora o medo de falhar, de não ser suficiente, de não merecer valor se errar. E então ela trava, procrastina, ou se sobrecarrega tentando atingir um nível de perfeição que não existe.

Padrões que se repetem, e que por fora parecem virtudes, mas por dentro podem ser armadilhas. Porque quando o cuidado com o outro nos faz esquecer de nós mesmos, ou quando a busca pelo melhor nos paralisa com medo de errar, esses comportamentos deixam de ser virtudes e viram prisões.

Continua após a publicidade

A grande virada de chave está em reconhecer que nem todo padrão socialmente admirado é emocionalmente saudável. E isso exige coragem.

Coragem de olhar para dentro com sinceridade, de questionar a forma como vivemos e nos relacionamos com o mundo, com os outros e com nós mesmos.

Exige aceitar que algo que já nos trouxe reconhecimento pode também nos trazer dor e que está tudo bem querer mudar. Não é trair quem somos, é resgatar o que somos além da função, da performance ou do aplauso.

Como reconhecer esses padrões internos?

1. Observe o que te esgota

Quando você se sente exausto, sem energia ou constantemente frustrado, pode ser que esteja agindo dentro de um padrão que não te nutre, mesmo que ele pareça bonito aos olhos dos outros.

2. Perceba seus pensamentos automáticos

Quando algo não sai como você gostaria, o que vem à sua mente? Frases como “preciso dar conta”, “não posso errar”, “se eu não fizer, ninguém faz direito” são sinais de padrões rígidos.

Continua após a publicidade

3. Note onde há medo

Às vezes, o medo de não ser amado, de decepcionar, de ser rejeitado, está escondido por trás de comportamentos que parecem altruístas, mas que carregam uma necessidade profunda de aceitação.

4. Repare nas repetições

Situações que se repetem ao longo da vida, como relacionamentos onde você sempre se doa mais, ou trabalhos onde você se sobrecarrega, podem indicar padrões inconscientes em ação.

5. Pergunte-se: isso é leve?

Nem tudo o que é bom é leve, mas aquilo que é constante e pesado talvez mereça ser olhado com mais carinho e atenção.

A verdade é que muitos dos nossos maiores desafios não estão nas circunstâncias da vida, mas nas formas como aprendemos a nos mover nela. Às vezes, nos tornamos especialistas em cuidar dos outros porque não aprendemos a nos cuidar.

Outras vezes, buscamos a perfeição porque temos medo de que a falha nos faça perder o amor ou a admiração que conquistamos.

Continua após a publicidade

Mas há um caminho possível, e ele começa quando olhamos para dentro e decidimos nos tratar com o mesmo respeito, carinho e atenção que costumamos dar aos outros!

Que você possa se reconhecer com gentileza, se acolher com ternura e, aos poucos, permitir-se ser mais inteiro, mais leve, mais você.

Porque a vida não pede perfeição, ela pede presença! E presença começa com coragem de se ver por inteiro, inclusive nas partes que ainda estão aprendendo a ser livres.

___________________________________________________________________

Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)

Continua após a publicidade

Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3

Acompanhe o nosso WhatsApp

Quer receber as últimas dicas e matérias incríveis de Boa Forma direto no seu celular? É só se inscrever aqui, no nosso canal no WhatsApp.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.