
Começar pode parecer simples… até que a gente se vê parado. Seja para iniciar um projeto, uma rotina de exercícios, um novo hábito ou até procurar ajuda, o primeiro passo, muitas vezes, vira o maior obstáculo. Mas por que isso acontece?
Pois o nosso cérebro é programado para economizar energia e buscar previsibilidade. Tudo que foge da rotina gera resistência, porque exige esforço cognitivo e traz a sensação de risco. É por isso que mudar dói, mesmo quando sabemos que será bom para nós.
Além disso, carregamos o peso das nossas cobranças internas. Queremos começar perfeito, sem falhas, já imaginando o resultado final antes mesmo do processo, e esse medo de errar e de não corresponder às expectativas nos impede de agir.
Por trás disso, muitas vezes existe o medo mais humano de todos: o medo do fracasso. Começar significa se expor. “Se eu não tento, eu não falho”.
Mas se eu tento, corro o risco de me frustrar. O problema é que essa lógica nos mantém estagnados, presos a uma ilusão de segurança que, na verdade, nos custa crescimento e realização. O que é pior: tentar e não sair como imaginei, ou nunca tentar e viver com a dúvida?
Vamos desmistificar algumas coisas:
Procrastinação não é preguiça. Estudos mostram que ela é, muitas vezes, uma forma de evitar emoções desconfortáveis, como medo, insegurança ou ansiedade e por isso você precisa se questionar sobre o motivo de procrastinar.
O cérebro aprende pelo fazer. A teoria da exposição, muito usada na terapia cognitivo-comportamental, mostra que só enfrentando (gradualmente) aquilo que nos dá medo conseguimos reduzir o impacto emocional dele. A fuga não é uma boa escolha!
Motivação vem da ação, e não o contrário. Pesquisas em neurociência indicam que a dopamina (neurotransmissor ligado à motivação e prazer) aumenta quando já estamos em movimento, não antes. Ou seja, esperar estar motivado para começar é uma armadilha que muitos usam como desculpa.
Para te auxiliar, aqui vão algumas dicas para serem implementadas rapidamente! Adote o “antes feito que perfeito”. Comece pequeno, imperfeito mesmo. O ajuste vem no caminho.
1. Quebre a meta em micro-passos
Em vez de “vou escrever um livro”, comece com “vou escrever 10 linhas hoje”.
2. Use gatilhos visuais
Deixe à vista algo que lembre sua ação: tênis perto da porta, livro em cima da mesa.
3. Traga responsabilidade externa
Compartilhe seu objetivo com alguém ou faça junto, isso aumenta a chance de começar.
4. Lembre-se do porquê
Pergunte-se: “O que eu ganho se eu começar hoje? E o que eu perco se eu não fizer nada?”
Começar é difícil, mas não impossível. A resistência inicial é natural, mas passa! E cada passo dado abre espaço para o próximo. A vida não pede perfeição, pede movimento!
Se você sente que está travado, preso em medos ou cobranças que não te deixam sair do lugar, a terapia pode ser o espaço para destravar esses bloqueios, organizar os pensamentos e transformar intenções em ações reais. Porque, no fundo, a vida não se transforma com intenções, mas com atitudes!
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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__. Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3
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