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Saúde sem estresse, por Regina Chamon

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Regina Chamon une a medicina com as práticas de bem-estar para te inspirar a cultivar corpo, mente e coração mais saudáveis

Como a meditação pode ajudar na saúde cerebral durante a menopausa

Por Regina Chamon
Atualizado em 21 abr 2025, 09h06 - Publicado em 20 abr 2025, 20h00
cérebro na menopausa
A meditação pode auxiliar na saúde cerebral de quem está na menopausa. Entenda! | (freepik/Freepik)
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De repente, comecei a perceber minha cabeça falhando. Sempre tive a mente muito afiada, e me senti orgulhosa disso, mas um dia eu esqueci uma reunião. Outro dia fiz um esforço enorme para lembrar o nome de uma pessoa conhecida. E então, deu tela azul no meio de uma aula.

Meu primeiro pensamento foi: estresse, excesso de trabalho. Porque, sendo uma estudiosa do assunto há quase uma década, sei bem que períodos prolongados de estresse enfraquecem o funcionamento de áreas cerebrais como o hipotálamo, onde fica a nossa memória, e o córtex pré-frontal, região em que acontece o planejamento e o raciocínio.

Parei uns dias, descansei, reavaliei minha rotina e não estava tão puxada assim. Sendo médica hematologista, pensei então que poderia ser uma anemia ou falta de ferro. Fiz meus exames e, de fato, o ferro estava um pouco baixo. Reforcei a alimentação, usei suplemento por uns meses e nada de melhorar.

Até que fui pesquisar sobre os efeitos da perimenopausa no cérebro e bingo!!! O estrogênio, hormônio feminino que começa a ter altos baixos cerca de 10 anos antes de entramos na menopausa, também tem uma atuação importante nessas mesmas regiões da memória, do raciocínio lógico, da capacidade de pensar com clareza.

São habilidades que ficam todas um pouco bagunçadas quando a mulher passa por essa fase de transição da vida. Essas alterações cognitivas são conhecidas como brain fog ou névoa mental.

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Olha que curioso, a perimenopausa e o estresse atuam ambos desorganizando as conexões de áreas cerebrais tão importantes, justo no momento em que nós, mulheres, estamos com as carreiras em ascensão, com demandas de cuidados de filhos e de pais, quase sem tempo para respirar.

Talvez você tenha se desanimado ao ler tudo isso, mas quero te dar uma notícia maravilhosa: existe uma metodologia, simples e sem custo, que atua exatamente fortalecendo as áreas cerebrais afetadas pelo estresse e pela menopausa. Essa metodologia é a meditação.

Há alguns anos os pesquisadores já mostraram que praticantes regulares de meditação fortalecem o córtex pré-frontal e o hipocampo e diminuem o funcionamento exagerado da amígdala cerebral, responsável pelo estresse.

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Se você, assim como eu, está na montanha russa estrogênica, se permita reservar 15 minutinhos do seu dia para meditar. Busque uma professora, um grupo, alguém que já praticou e aprenda. Se você já meditava e tinha deixado sua prática de lado, pode ser um bom momento para retomar.

Como médica, praticante e professora de meditação, é gratificante ver como essa prática pode ajudar as mulheres a atravessar a perimenopausa com a mente mais leve — e ainda plenamente eficiente.

Regina Chamon é médica clínica geral e hematologista, une ciência, meditação e estilo de vida para ajudar você a viver com mais equilíbrio e leveza. Professora de meditação e comunicadora, acredita que saúde a gente cultiva todos os dias. www.reginachamon.com

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