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Saúde sem estresse, por Regina Chamon

Regina Chamon une a medicina com as práticas de bem-estar para te inspirar a cultivar corpo, mente e coração mais saudáveis
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Saúde para quê?

Por Regina Chamon
26 dez 2022, 12h08

“Mas para que que você quer ter saúde?” Essa era a pergunta que meu querido amigo Henrique fazia para os seus pacientes quando eles entravam em seu consultório médico. As respostas eram as mais diversas: para brincar com os meus netos, para cuidar do meu jardim, para viver bem meus últimos anos.

Por trás de todas essas respostas, uma mensagem, em uníssono, reverbera: quero ter saúde para ser feliz!

Felicidade, esse bichinho que nos é tão familiar e que ao mesmo tempo pode parecer tão distante, ou tão difícil de “atingir”… Fim de ano a gente se enche de promessas para conseguir chegar lá: o corpo perfeito, o verdadeiro amor, coisas maravilhosas {casa, carro, celular do ano}, um bom emprego, ou talvez uma boa quantia em dinheiro para não precisar mais trabalhar. Essa felicidade fugaz, que parece mais um prazer temporário, é chamada por filósofos, religiosos e pesquisadores de felicidade hedônica.

Há tempos atrás fiz um curso da Universidade de Yale que ensinava a ser feliz. Não sei se o termo certo é “ensinar”. Gosto de pensar que já nascemos com essa habilidade, que não precisamos buscá-la, aprendê-la ou atingi-la. Esse tipo de felicidade branda, duradoura, que dá uma sensação de paz no coração, a tal da felicidade eudaimônica, essa já está dentro de cada um de nós. Talvez um pouco escondida, como o sol em um dia nublado. Mas está lá, dentro da gente sim. A Laurie Santos, psicóloga e professora deste curso, ajuda “desnublar” o céu, nos mostrando que a felicidade está em ser gentil, conectar-se com os outros, valorizar o tempo, meditar, dormir mais e se exercitar.

Quando a gente se cuida, está presente e atento para as necessidades do corpo, das emoções, dos pensamentos, as nuvens começam a se dissipar e o sol vai esquentando devagar nossa felicidade tranquila. Esse calorzinho dá vontade de se cuidar mais, e assim vamos, em um ciclo virtuoso de cuidado-felicidade-cuidado.

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O ciclo também pode começar com a felicidade. Já reparou que quando estamos felizes a gente tem vontade de se cuidar? Felicidade- cuidado- felicidade.

Não importa por onde a gente comece, saúde e felicidade andam de mãos dadas, lado a lado, uma chamando a outra. Essa felicidade eudaimônica, genuína, suave, vem muito mais das experiências que vivemos e muito, muito, muito menos das coisas que temos.

Final de ano é tempo de a gente pensar quais nossos objetivos para o ano que vem chegando e quase sempre tem uma “meta de saúde” nessa lista. Ao invés de pensar em quanto você quer emagrecer, qual exercício físico você vai fazer, o que você vai parar de comer, meu convite é para você refletir: “Para que que eu quero ter saúde no próximo ano?”

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