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Saúde sem estresse, por Regina Chamon

Regina Chamon une a medicina com as práticas de bem-estar para te inspirar a cultivar corpo, mente e coração mais saudáveis

Um tempo para você!

Por Regina Chamon
Atualizado em 21 out 2024, 22h28 - Publicado em 28 jun 2023, 13h57
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O que a tosa do meu cãozinho me ensinou (prostooleh/Freepik)
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“Tem que ser no tempo dele. Se a gente não respeita isso, ele se estressa!”

Não sei se já te contei por aqui, mas um dos meus maiores professores nessa vida é o Téo, um cãozinho esperto, que está comigo desde seus 45 dias de vida, e juntos já passamos 13 anos.

Na sua primeira tosa, o Téo sofreu um trauma! Estava assustado com a novidade, virou de repente, com a tesoura bem na beiradinha da orelha e assim se foi uma lasca do couro. Desde então ele não gosta de tomar banho, se treme todo só de passar na frente do pet shop.

Fui de lugar em lugar até encontrar uma turma maravilhosa, que faz o banho no tempo dele – Téo – e não no tempo do relógio. Eles lavam um pouco, brincam um pouco, secam um pouco, conversam e afagam, até que, cerca de 2 horas depois, ele fica uma bola cheirosa e macia de pêlos brancos.

Ontem eu o peguei no banho e fiquei pensando neste “respeito do tempo dele” que a turma falou. Me lembrei de uma aula de Yoga em que o Carlos, meu professor, falou sobre o respeito pelo nosso ritmo interno.

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Quantas vezes você já se pegou correndo contra o relógio em busca de uma cadência que não é a sua? Já percebeu como isso pode ser estressante? Pular refeição para dar conta do trabalho, dormir muito mais tarde do que gostaria para dar conta da casa, acordar muito mais cedo do que deveria para fazer o que alguém disse que você deveria fazer.

Assim a gente vai se afastando do nosso compasso natural, dos ciclos sabiamente desenhados pela natureza ao longo de muitos mil anos para o funcionamento adequado do corpo humano – o ritmo circadiano. Nos distanciamos tanto, que perdemos a noção do que é normal e adequado, saudável e respeitoso conosco. Vamos no tempo do relógio e não no tempo da humanidade. Desrespeitamos o ritmo interno.

Adotamos com frequência os compassos impostos, nem sabemos por quem. Quando estamos correndo, distraídos, atarefados demais nos afastamos do nosso eu interior, ficamos ansiosos, irritados, com sensação de falta de propósito na vida. A correria dos nossos tempos pode ser o maior agente “causador” de desconforto. O psiquiatra americano Gregory Fricchione costuma dizer que tudo o que ameaça nos separar do bem-estar é fator de estresse.

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Ter um tempo para reencontrar o ritmo natural é fundamental para a saúde. Ele é diferente para cada um de nós – minutos, horas, um fim de semana todinho. O que fazer nestes momentos também é único – silêncio, leitura, escrita, arte, meditação, estar com a natureza. Depende de você.

Estes instantes nos permitem reconhecer nossas necessidades – universais, pois se fazem presentes a todos os seres humanos – e buscar os recursos mais adequados para atendê-las – únicos, pois são diferentes para cada pessoa em cada momento da vida!

Greg, o psiquiatra americano, diz que tudo que é uma solução de conexão gera relaxamento. Tempo para reconectar com o ritmo interno permite retornar ao estado equilibrado e voltamos a perceber a paz, o amor, a alegria e a compaixão que estão naturalmente dentro de nós.

Fica aqui o meu convite para você se sintonizar com o seu ritmo interior, natural e que ninguém, além de você, pode determinar. Mesmo que não seja possível passar o dia todo nele, sabemos que as agendas urgem, pelo menos no banho o Téo garante que dá!

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