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Erisipela: o que é, quais são os sintomas e como evitar?

A condição pode causar complicações graves durante o verão

Por Juliany Rodrigues
27 jan 2023, 15h00

Uma das consequências do verão, estação mais quente do ano, é o aumento da incidência de micoses e picadas de inseto, que podem provocar lesões e atuar como portas de entrada de bactérias que causam a erisipela. 

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) alerta que, quando não tratada da forma adequada, essa doença pode gerar complicações graves e até mesmo ser fatal. 

Causada por uma bactéria chamada estreptococo, a erisipela é uma doença inflamatória e infecciosa. Não contagiosa, ela acomete o sistema linfático e a pele e surge mais comumente nos membros inferiores, como pernas e pés. 

Sintomas

Os especialistas informam que os principais sintomas da doença são: vermelhidão na região afetada, calafrios, dor, mal-estar em geral, febre alta, inchaço e inflamação das glândulas

Alguns indivíduos também podem apresentar vômito, diarreia e desidratação. Quando ocorre a progressão do problema, bolhas incômodas e dolorosas ou feridas conhecidas como necrose podem se desenvolver em razão da morte das células do tecido.

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Tratamento 

Segundo a SBACV, ao primeiro sinal de vermelhidão e inchaço na perna, o recomendado é procurar um especialista vascular para começar o controle da condição e evitar o avanço. 

Isso porque, para fazer um tratamento adequado, o médico capacitado indica quais são os medicamentos que devem ser utilizados para eliminar a bactéria causadora, além de dar outras orientações para reduzir o inchaço, para cuidar da cicatrização da porta de entrada e para fazer a limpeza adequada da pele.

De acordo com Sergio Belczak, angiologista, cirurgião vascular e membro da diretoria da SBACV, determinados grupos estão mais vulneráveis e necessitam de atenção redobrada, por exemplo, idosos, pessoas com linfedema ou outra deficiência de funcionamento do sistema linfático, excesso de peso, pacientes com insuficiência venosa nos membros inferiores; problemas de circulação nas pernas, entre outros. 

Ele acrescenta que pacientes diabéticos têm maior propensão a desenvolver sintomas graves da erisipela.

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Cuidados

Considerando que as bactérias causadoras da erisipela entram no organismo por meio de pequenos cortes ou ferimentos, o ideal é ter um olhar mais atento durante o período de altas temperaturas.

“Durante o verão, as lesões de pele – em especial a micose interdigital – são mais frequentes e favorecem a entrada de bactérias causadoras de erisipela. Por isso, é preciso enxugar bem as áreas úmidas do corpo, principalmente entre os dedos, ter cuidado com cutículas e unhas e manter a higiene”, esclarece o médico.

Outra sugestão do angiologista é sempre examinar os pés para encontrar frieiras e outros ferimentos e manter sapatos e meias bem higienizados, assim como o box do banheiro, já que isso evita a proliferação de fungos. Os repelentes também são grandes aliados para evitar as picadas de insetos.

 

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