Ela driblou os sintomas da menopausa precoce com esportes e um cardápio mais saudável

Aos 31 anos, Larissa Buschinelli começou a sentir os primeiros sintomas da menopausa precoce. O que poderia ser um problema na sua vida se transformou em um motivo para voltar a praticar esportes, focar em um cardápio saudável com mais proteína e conquistar um corpo que jamais teve – com apenas 10% de gordura

Por Daniela Bernardi
Atualizado em 21 out 2024, 19h19 - Publicado em 9 out 2016, 13h00
Eduardo Svezia
Eduardo Svezia (/)
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“Nunca tive que brigar contra a balança. Minha genética me deu uma mãozinha amiga nesse quesito. Mas não ache que tudo aqui são flores, viu? Desde a adolescência combato outras, digamos, ‘rebeldias’ do meu corpo. Para começar, foi o hipotireoidismo descoberto aos 16 anos, quando me sentia cansada com frequência e acordava no meio da noite com batedeira no coração. Apesar de ser completamente louca por esportes (amava vôlei, basquete, ginástica olímpica…), não tinha o mínimo ânimo para as aulas de educação física. E isso me frustrava demais.

A rotina voltou ao normal graças à medicação, só que, com o tempo, abandonei o costume de praticar exercícios. Gostava mais daqueles que envolviam outras pessoas e, por isso, a academia era sinônimo de tédio mortal para mim, quem diria… Hoje sou frequentadora assídua de uma, de segunda à sexta. O jogo mudou aos 31 anos, quando sintomas típicos da menopausa começaram a aparecer muito antes da hora: queda de cabelo, cansaço extremo, calor… Não pude acreditar quando meu ginecologista disse essa palavra: me-no-pau-sa.

Demorei quase dois anos para aceitar o que estava acontecendo comigo. Ainda bem que já era mãe e consegui contornar os desconfortos com reposição hormonal. Antes tarde do que nunca: decidi que era hora de voltar a praticar atividade física. Meu corpo não foi feito para ficar parado e escolhi a corrida como meu primeiro desafio. Percorria um quarteirão e caminhava pelo seguinte e, assim, fui aumentando o ritmo aos poucos. Se, por um lado, meu fôlego não era o mesmo de anos atrás, por outro, eu tinha uma determinação infinita.

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Em um mês, corri 5 quilômetros sem parar. Esporte vicia e hoje não consigo mais ficar sem. Sou muito competitiva, se entro numa prova é para ganhar (risos). Já subi em oito pódios de curtas distâncias e meu próximo objetivo é completar uma meia maratona. Só que antes, preciso me recuperar de uma lesão na lateral do joelho, causada pelo excesso de treino. A musculação tem tido um papel importante nessa melhora. Não vou dizer que eu amo levantar peso, mas sei que é necessário. Quando pensamos assim, fica mais fácil manter a disciplina, porque, se não fortaleço as pernas, não posso fazer as outras atividades que adoro. A nova rotina dinâmica influenciou também meus filhos, que, mesmo pequenos, amam esporte.

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Enquanto novas paixões vão surgindo na minha vida, antigos amores são esquecidos, como a coxinha. Como disse para meu nutricionista que queria ganhar massa magra, precisei aumentar a quantidade de proteína na minha dieta, inclusive nos lanches entre as refeições. O whey entrou de vez no meu cardápio: preparo um shake de água com whey, levo na bolsa uma barrinha com ele e, antes de dormir, costumo misturá-lo com abacate.

Nem todas as mudanças foram fáceis para o meu paladar. Por muito tempo fiz careta para o cafezinho sem adoçante. Mas acreditei no meu nutricionista: a gente logo se acostuma aos novos sabores. Em cinco meses, ganhei 5 quilos de músculo. As calças ficaram larguinhas na cintura e apertadas nas coxas. Não encano em quanto estou pesando. Prefiro me olhar no espelho. Se tenho vontade de ‘jacar’ um dia, faço sem crise na consciência. Aí, no dia seguinte, pego mais forte na malhação para compensar. A vida fica mais leve quando fazemos o que gostamos.”

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