Estresse engorda? O que a ciência diz sobre metabolismo e saúde
A tensão do dia a dia afeta significativamente a saúde mental, mas seus prejuízos vão além da parte emocional
É verdade que o estresse traz uma série de prejuízos à nossa parte mental, mas o que muita gente esquece é que ele também pode afetar negativamente o funcionamento do nosso organismo. E um dos aspectos que mais sofrem com isso é o metabolismo.
Na rotina moderna, fatores como trânsito, excesso de informações e pressões profissionais ou pessoais estão diretamente ligados ao aumento dos níveis de cortisol – conhecido como o “hormônio do estresse”.
Além disso, o sedentarismo é uma das maiores preocupações nesse contexto. Dados de uma pesquisa realizada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) divulgada em 2023 apontam que 52% dos brasileiros raramente ou nunca praticam atividades físicas.
A falta de exercícios na rotina potencializa os efeitos negativos do estresse na saúde mental e física.
Segundo Marcio Atalla, embaixador da Relaxmedic, professor de Educação Fisica e pós-graduado em Nutrição pela Universidade de São Paulo (USP), não se movimentar contribui para que o corpo permaneça em um estado de alerta constante.
“Nosso corpo é realmente muito inteligente. Mas é o mesmo de centenas de milhares de anos atrás, quando nosso estilo de vida era completamente diferente, com muito mais movimento”, fala.
Atalla explica que, antigamente, o estresse servia como um estímulo para reagirmos e resolvermos situações de perigo. No entanto, hoje, ele acabou se tornando um agente que favorece o acúmulo de gordura no corpo.
Outro ponto que vale mencionar é que o estresse pode aumentar a compulsão por alimentos ricos em açúcar e gordura.
“Quando estamos sob pressão constante, nosso corpo busca fontes rápidas de energia, geralmente na forma de doces ou comidas ultraprocessadas“, conta.
Diversos estudos mostram que o estresse crônico pode elevar em até 50% o risco de ganho de peso desproporcional, dependendo do indivíduo.
“Quando o organismo entra em estado de alerta, uma série de reações fisiológicas é acionada para lidar com uma suposta ameaça. A nossa reação biológica é o aumento da produção de cortisol e adrenalina pelas glândulas suprarrenais, aumento dos batimentos cardíacos, respiração ofegante e contração muscular”, detalha.
O que fazer?
Pequenas mudanças na rotina já podem trazer resultados significativos quando o assunto é controlar o estresse e evitar o ganho de peso e o acúmulo de gordura associados aos altos níveis de cortisol.
Atividade de física regular, momentos de pausa, hidratação adequada, dieta balanceada e sono de qualidade e cuidados com a saúde mental são medidas indispensáveis, de acordo com o especialista.
“Mover-se é a forma mais eficiente de modular o estresse e manter o equilíbrio hormonal”, orienta.
Hábitos alimentares equilibrados são aliados poderosos no controle do estresse e do peso corporal.
“Aprender a planejar refeições nutritivas e incluir alimentos que ajudam a reduzir a inflamação e estabilizar o humor pode fazer uma diferença enorme”, recomenda.
A atenção plena ao comer pode fazer toda a diferença para prevenir o consumo impulsivo relacionado ao estresse.
Técnicas de gerenciamento emocional, por exemplo, respiração profunda e meditação, também são indicadas.
“Quando combinadas, atividade física, boa alimentação e cuidados com a mente criam um ciclo positivo que protege não apenas contra o ganho de peso, mas também contra doenças relacionadas ao estresse, promovendo saúde física e mental de forma integrada”, conclui o embaixador da Relaxmedic.
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