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Entenda a doença que paralisou parte do rosto de Fernanda Gentil

Especialistas comentam sobre a paralisia de Bell, condição que foi diagnosticada na jornalista. Confira!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h40 - Publicado em 27 fev 2024, 18h30
fernanda gentil paralisia
Fernanda Gentil é diagnosticada com paralisia de Bell. Saiba mais! | (Instagram/Reprodução)
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Em um vídeo publicado no último no último sábado (24), a Fernanda Gentil revelou que foi diagnosticada com paralisia de Bell. A jornalista relatou que, após o Carnaval, foi buscar seu filho no aeroporto e, ao cumprimentá-lo com beijos, sentiu uma dormência na boca.

“Na quinta-feira a noite [15 de fevereiro], eu fui buscar meu filho Gabriel no aeroporto e, obviamente, agarrei ele, abracei, espremi e comecei a dar vários beijos nele de saudades, e percebi, de leve, que minha boca ficou um pouco dormente. Mas passou, saímos para jantar, distrai, esqueci”, iniciou.

“Chegou sexta-feira, tive um dia cheio de trabalho. Fiquei também com a cabeça distraída, reuniões a tarde. Entre uma reunião em outra, encontrei uma brechinha para visitar os meus afilhados. Na casa deles, também estava com criança, chamegos, beijos, e senti de novo um incômodo na boca. Foi quando falei ‘cara, isso está estranho, tem algum movimento que estou fazendo que está me machucando‘”.

“Fui para casa, e aí, nesse momento, lembrei do episódio do Gabriel no aeroporto. Fiquei na reunião e, quando acabou, comecei a fazer de novo o movimento de mandar beijo, e não conseguia, a boca meio que não firmava. Falei ‘cara, alguma coisa não está respondendo como deveria'”, continuou.

Diante da situação, Fernanda foi ao banheiro e começou a fazer caretas em frente ao espelho. “Foi aí que eu percebi que o lado da esquerda não estava correspondendo como o lado da direita. O lado esquerdo não acompanhava o lado direito“, contou.

Com a ajuda de médicos e exames, que descartaram a possibilidade de um AVC e de outras doenças neurológicas mais graves, a jornalista descobriu que estava com paralisia de Bell.

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“A notícia ruim é que não tem uma origem certa, tem várias opções, estresse, rotina cansativa, falta de descanso e o vírus da herpes, que eu tenho, são algumas das causas. Eu não estava com herpes no período, mas tenho o vírus em mim, então, ele pode ter se manifestado dessa maneira”, afirmou a jornalista.

Veja o vídeo completo:

O QUE É A PARALISIA DE BELL?

A paralisia de Bell é definida como um processo inflamatório do nervo facial, que é o responsável pela contração dos músculos da face.

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“Nosso rosto tem diversos músculos que fazem com que a gente consiga movimentar e fazer as expressões faciais. Quando eu tenho a paralisia, eu não consigo levantar a testa, abrir e fechar os olhos, fazer um bico ou dar um sorriso, por exemplo”, elucida a Dra. Carolina Brotto de Azevedo, otorrinolaringologista.

De acordo com a médica, esse diagnóstico pode ser chamado de idiopático, já que não é possível identificar uma causa específica para ele.

Os motivos da paralisia de Bell ainda não são bem estabelecidos, porém a hipótese mais aceita até o momento é que essa inflamação do nervo facial pode ser ocasionada por um vírus, principalmente, o vírus Herpes simples“, acrescenta a Dra. Nathália Prudencio, otorrinolaringologista.

  • Sintomas
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Os sintomas da paralisia de Bell incluem: sensação de dor ou formigamento em metade da face, dor próximo ou atrás do ouvido, enfraquecimento dos músculos do rosto em um único lado, dificuldade para realizar movimentos simples, como enrugar a testa e sorrir, e boca torta.

  • Diagnóstico

“Para firmar o diagnóstico de paralisia de Bell, eu tenho que ter investigado outras causas para essa paralisia no rosto, entre elas, problemas neurológicos, AVC e alterações do ouvido. Nesse sentido, além da história do paciente e do exame físico em consultório, alguns exames podem ser importantes, como a ressonância magnética do crânio“, detalha a Dra. Carolina.

  • Tratamento
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“A paralisia facial idiopática, também conhecida como paralisia de Bell, é uma emergência médica e deve fazer o paciente procurar um pronto-socorro para o primeiro atendimento o quanto antes”, alerta o Dr. José Ricardo Gurgel Testa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

O tratamento pode envolver a fisioterapia e o uso de medicamentos como os corticoides orais, que ajudam a reduzir a inflamação no nervo, e os antivirais.

“Para pacientes que não conseguem fechar os olhos durante o quadro, é importante também usar lubrificantes oculares durante o dia e uma proteção que mantenha os olhos fechados durante a noite”, fala a Dra. Nathália.

Na maioria das vezes, com o passar das semanas, a pessoa recupera os movimentos da face sem ficar com sequelas. No entanto, quando não há uma melhora, outras medidas adicionais podem ser necessárias.

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  • Paralisia de Bell x AVC

“No AVC, a paralisia é de origem central, ou seja, há um problema na irrigação do cérebro. Nesses casos, o terço superior do rosto (testa, sobrancelhas e área ao redor dos olhos) continua se movimentando. Já a paralisia de de Bell provoca uma paralisia completa na metade do rosto do paciente. Também não podemos esquecer que o AVC desencadeia outros sintomas, como alteração de força muscular, perda do movimento de braços e pernas e confusão mental“, conclui a Dra. Carolina.

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