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Foliculite: o que é, causas, tratamento e como evitar

Depilação com lâmina ou cera é um dos fatores que podem aumentar o risco de foliculite. Entenda!

Por Juliany Rodrigues
15 fev 2024, 16h30

Após a depilação, você notou o surgimento de pequenas bolinhas vermelhas, coceira e sensação de ardor na região? Esses sintomas podem indicar um quadro de foliculite.

De acordo com a Dra. Fernanda Nichelle, médica que atua na área estética, essa condição é uma inflamação do folículo piloso. “Pode ocorrer em qualquer parte do corpo que tenha pelos, mas é mais comum nas regiões da barba, couro cabeludo, pernas, axilas e nádegas”, afirma o Thiago Martins, biomédico.

O QUE CAUSA A FOLICULITE?

Uma das principais causas é o pelo encravado, que se desenvolve em uma posição ruim em relação ao crescimento. No entanto, a foliculite também pode ser provocada por fungos e bactérias, como Staphylococcus aureus. “Além disso, lesões nos folículos pilosos, geradas devido ao atrito com roupas e à irritação durante a depilação, podem favorecer o problema”, acrescenta Martins.

Suor excessivo, uso de determinadas medicações, por exemplo, corticoides, obesidade e doenças que comprometem a imunidade estão entre os fatores de risco para a foliculite, conta a Dra. Fernanda.

COMO IDENTIFICAR?

Segundo a Dra. Michele Kreuz, dermatologista, geralmente, a foliculite se caracteriza por pequenas “bolinhas” vermelhas ou pústulas ao redor dos folículos pilosos, podendo desencadear coceira e dor. “Em casos mais graves, pode evoluir para nódulos e cicatrizes”, diz ela.

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“Se persistir ou piorar, é fundamental procurar um dermatologista, para que o profissional faça uma observação clínica da sua pele e, se necessário, peça exames que ajudem a descobrir qual é o agente causador”, orienta o Thiago.

COMO É FEITO O TRATAMENTO?

O tratamento é determinado de acordo com a causa, a gravidade e a área acometida pelo problema. Ele pode incluir a limpeza da área com antissépticos, o uso de antibióticos tópicos ou orais, medicamentos anti-inflamatórios e, em casos de foliculite por fungos, antifúngicos.

“Medidas de suporte como compressas mornas podem aliviar a dor e o desconforto. O laser CO2 fracionado também é uma excelente alternativa para lidar com a foliculite de forma eficaz”, destaca o biomédico.

“Se o paciente está tendo uma foliculite na barba, pedimos que, naquele momento, evite fazer a barba e também orientamos sobre a forma correta de raspar esse pelo, sempre no sentido de crescimento dele. Além disso, indicamos a aplicação de um produto calmante pós-barba. É muito comum foliculite no bumbum, nas coxas e pernas. E aí, também solicitamos que a pessoa não use roupas apertadas, por exemplo”, fala a Dra. Ana Carolina Sumam, dermatologista.

COMO EVITAR?

Para prevenir o surgimento da foliculite, é recomendado manter uma boa higiene pessoal, evitar roupas muito apertadas, tomar cuidado com a depilação, preferindo métodos menos irritativos, não compartilhar itens pessoais como toalhas, hidratar a pele e não permanecer com peças úmidas por longos períodos.

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“Se você for fazer depilação com a lâmina, também precisamos enfatizar que é importante utilizá-la no sentido de crescimento do pelo, trocá-la frequentemente e, após o processo, passar produtos com ação hidratante e calmante”, alerta a Dra. Ana Carolina.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE A ACNE E A FOLICULITE?

Muitas pessoas podem confundir as espinhas com a foliculite, uma vez que as duas condições podem apresentar sintomas semelhantes, como protuberâncias na pele, vermelhidão e irritação. Entretanto, existem algumas diferenças entre elas.

“A foliculite é uma inflamação do folículo piloso, onde temos o pelo crescendo. Já a acne é uma inflamação da glândula sebácea. A glândula sebácea e o folículo formam uma unidade que chamamos de pilossebácea“, explica Sumam.

“Todo o nosso corpo é coberto por folículos pilosos, exceto a região das palmas das mãos e as regiões plantares. Então, a gente pode ter foliculite em qualquer área. E a glândula sebácea também está presente em grande parte do nosso corpo, mas é mais comum em regiões como a face e o tórax. Ou seja, normalmente, não temos lesões de acne fora dessa região. Além disso, as espinhas costumam cursar com comedões, que são os cravos, enquanto a foliculite não provoca comedões”, conclui ela. 

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