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Infecção urinária: sintomas, causas e como prevenir

A infecção urinária é um problema muito comum entre as mulheres. Confira dicas para se proteger contra a doença!

Por Juliany Rodrigues
27 out 2023, 19h45

A infecção urinária é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas todos os anos, sendo mais comum entre as mulheres.

Ela acontece quando germes (vírus, fungos ou bactérias) invadem o sistema urinário, incluindo, uretra, bexiga e, em casos mais sérios, os rins. “A mais comum é a bacteriana”, afirma o Dr. Henrique Carrascossi, nefrologista.

De acordo com o ele, a doença pode ser classificada em dois tipos: cistite e pielonefrite.

  • Cistite

A cistite é uma infecção do trato urinário baixo que acomete, principalmente, a bexiga. Seus principais sintomas são: queimação e ardência na hora de urinar, dor na região de baixo ventre, vontade de fazer xixi toda hora, sensação de não esvaziar a bexiga e sangue na urina.

Na maior parte das vezes, o tratamento da cistite é simples. Entretanto, se ele não for feito da forma adequada, há o risco de a condição evoluir para uma pielonefrite.

    • Pielonefrite

    Considerada mais grave, a pielonefrite ataca o trato urinário alto, atingindo os rins. Ela pode desencadear náuseas, dores na lombar, febre alta e mal estar, além dos sintomas já citados da cistite.

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    Se não tratada corretamente, o paciente pode enfrentar complicações como perda da função renal e infecção generalizada . “É uma situação mais delicada que pode até mesmo levar ao óbito”, alerta o médico.

    CAUSAS

    As causas da infecção urinária são diversas. Entre as principais estão a falta de higiene correta após a evacuação e o mau funcionamento do intestino.

     

    Além disso, a atividade sexual também pode contribuir para a entrada de bactérias na uretra, especialmente em mulheres.

    Outro fator que aumenta as chances de infecção urinária é o hábito de segurar o xixi. Isso porque, quanto mais tempo a urina fica na bexiga, maior é a probabilidade dos microrganismos se reproduzirem.

    “A presença de pedras nos rins pode colaborar para a doença, uma vez que o os cálculos são ambientes que favorecem a proliferação de bactérias, e os antibióticos enfrentam grandes dificuldades para penetrá-los. Homens com problemas de próstata e mulheres na menopausa ou durante a menstruação também têm uma chance aumentada de desenvolvê-la”, acrescenta o Dr. Henrique.

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    O especialista ainda ressalta que não beber a quantidade ideal de água diariamente pode dificultar a eliminação de bactérias e resíduos do trato urinário.

    DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

    “O diagnóstico é clínico. O médico avalia os sintomas e, caso necessário, pode pedir exames complementares, como de urina e urocultura. Quando há suspeita de pielonefrite, o hemograma e o ultrassom podem ser solicitados também”, aponta.

    O tratamento deve ser determinado de acordo com a infecção, mas, geralmente, envolve o uso de antibióticos.

    Para casos de pielonefrite, pode ser necessária a internação e a administração de medicamentos intravenosos.

    O nefrologista destaca que, quando o paciente apresenta uma infecção urinária de repetição (mais de dois ou três episódios em um período de seis meses), remédios para a prevenção e redução dos riscos de novas contaminações costumam ser indicados. “O tratamento profilático consiste em utilizar uma dose de antibiótico menor por períodos mais longos”.

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    POR QUE A INFECÇÃO URINÁRIA AFETA MAIS AS MULHERES?

    As mulheres são mais propensas a ter infecção urinária por questões anatômicas, diz Carrascossi.

    “A uretra feminina é mais curta do que a dos homens, fazendo com que as bactérias tenham que percorrer uma menor distância para chegar à bexiga. Além disso, ela fica localizada muito próxima ao ânus, o que também acaba facilitando que os microrganismos do intestino migrem para o trato urinário e causem infecções”.

    DICAS PARA PREVENIR A INFECÇÃO URINÁRIA

     

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    TOME BASTANTE ÁGUA

    Quando você ingere bastante líquido, o xixi se torna menos concentrado e a micção fica mais frequente.”Encher e esvaziar a bexiga várias vezes funciona como uma lavagem, que recicla as bactérias e dificulta a instalação delas nas estruturas do sistema urinário”, conta o ginecologista Edilson Ogeda, do Hospital Samaritano, em São Paulo

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    VÁ AO BANHEIRO APÓS O SEXO

    Fazer xixi imediatamente depois de transar é um cuidado indispensável para manter a saúde do trato urinário, pois o jato de urina ajuda a levar embora os microrganismos que podem migrar da vagina para a uretra e atingir a bexiga.

    3

    CUIDE DO SEU INTESTINO

    Um desequilíbrio na flora intestinal, como diarreia ou constipação, pode contribuir para que as bactérias do órgão se desloquem e se aproximem da uretra. Para evitar isso, o Dr. Henrique recomenda a adotar uma alimentação rica em fibras e, é claro, se hidratar bem.

    4

    NÃO SEGURE O XIXI

    Ao segurarmos o xixi na bexiga por muito tempo, estamos dando a oportunidade para que bactérias e outros agentes infecciosos presentes no trato urinário se proliferem.

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    MANTENHA UMA BOA HIGIENE PESSOAL

    Durante o banho, higienize corretamente a região genital e anal. Além disso, na hora de passar o papel higiênico após evacuar, faça isso de frente para trás, para garantir que as fezes não sejam transferidas para a zona íntima. Especialmente para as mulheres, esta precaução se faz ainda mais necessária.

    6

    USE ROUPAS ÍNTIMAS DE ALGODÃO

    Por ser um material natural e respirável, o algodão permite a ventilação da pele na área genital, deixando-a livre de umidade.

    E atenção, mulheres: os absorventes descartáveis podem contribuir para a infecção urinária, porque retêm umidade e calor na região. Portanto, durante o período menstrual, lembrem-se de trocá-los com regularidade e, se possível, priorizem outras opções mais saudáveis, como os coletores menstruais.

    7

    PROCURE UM MÉDICO

    Ao notar qualquer sintoma, o melhor a se fazer é procurar um médico. “O profissional vai avaliar o seu caso, encontrar um diagnóstico preciso, prescrever o tratamento correto e compartilhar com você todas as orientações em relação à prevenção da infecção urinária”, conclui Carrascossi.

     

     

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