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O que é inteligência física, emocional, intelectual e espiritual

Exercitar as inteligências humanas ajuda a conquistar o equilíbrio e a evitar ansiedade e outras questões comportamentais

Por Rosa Buccino
Atualizado em 21 out 2024, 16h32 - Publicado em 23 out 2021, 11h00
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A inteligência intelectual não é a única que devemos exercitar (Andrea Piacquadio/Pexels)
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Já parou para refletir sobre como está o seu corpo e a sua mente? A partir do momento em que você se depara com essas reflexões e começa a buscar respostas, já está praticando o autoconhecimento.

De acordo com a metodologia Hoffman, criada pelo empresário norte-americano Bob Hoffman, em 1967, e que é a base de um dos maiores cursos de autoconhecimento do mundo, as pessoas precisam focar na descoberta e na integração das quatro inteligências humanas.

“No entanto, como não somos treinados a reconhecê-las ou incentivados a desenvolvê-las, passamos a vida subutilizando essas verdadeiras capacidades. Cada uma dessas inteligências deveria ter a mesma importância e poder. Mas, por falta de autoconsciência, a valorização de uma determinada inteligência e o desfavorecimento de outras acaba gerando confusão mental, ansiedade, depressão, entre outros problemas”, explica Heloísa Capelas, especialista em autoconhecimento, inteligência emocional e inovação pessoal e CEO do Centro Hoffman.

O QUE É CADA INTELIGÊNCIA HUMANA

  • Inteligência física:

É tudo o que nosso corpo já faz e, também, tudo o que é capaz de fazer. Por exemplo: ele é tão inteligente, que respira sem que tenhamos de mandar; nossos órgãos funcionam sem que tenhamos de pedir ou de enviar um comando (pelo menos, não temos de fazê-lo conscientemente). Com treino, nosso corpo é capaz de aprender, de se fortalecer, de resistir. Isso tudo é inteligência física.

  • Inteligência emocional:
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Capacidade de identificar as próprias emoções, de nomeá-las e gerenciá-las. E gerenciar as emoções significa abraçá-las, reconhecer que estão ali e, então, decidir, conscientemente, quais ações podem ser tomadas com base naquilo que se está sentindo. Ou seja, inteligência emocional é, também, a capacidade de decidir considerando as próprias emoções, e não descartando aquilo que se sente a respeito de uma determinada situação.

  • Inteligência intelectual:

A que estamos mais acostumados a trabalhar e a valorizar. É nossa capacidade de estudar para aprender coisas novas, novas habilidades, novos idiomas e o que mais desejarmos. É o raciocínio lógico, o domínio técnico, o conhecimento puro e simples que está por detrás das conquistas mais grandiosas da humanidade.

  • Inteligência espiritual:
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Não tem nada a ver com religião, nem com religiosidade. Na verdade, é a competência que nos liga ao universo, é nossa sabedoria interna, nossa intuição, aquele pedaço da gente que simplesmente sabe as respostas e os caminhos, e não teme errar.

3 perguntas e respostas sobre as quatro inteligências humanas, por Heloísa Capelas

  • Quais são as consequências do desequilíbrio dessas inteligências?

Enquanto permanecermos em desequilíbrio, será mais difícil encontrar a paz interna necessária às decisões assertivas e à saúde emocional. A falta de equilíbrio e integração entre as nossas inteligências nos mantém aprisionados a padrões de comportamento infantis, compulsivos, automáticos e inconscientes. Eu vou passando pela vida sem nunca reparar o que estou fazendo, para que estou fazendo e quais resultados decorrem disso. Logo, me vejo sempre diante dos mesmos problemas, mas, como dou sempre as mesmas respostas, fico presa a um círculo vicioso extremamente prejudicial.

  • Há alguma inteligência que mereça mais atenção do que as outras?
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Não, todas devem ter o mesmo valor e atenção. No entanto, ainda hoje, nossa sociedade continua a valorizar muito mais a inteligência intelectual, quase como se ela fosse a única medida possível e apropriada para definir as habilidades de uma pessoa. É verdade que esse cenário está mudando aos poucos. 

As pesquisas começam a concluir – e o mercado começa a perceber – que de nada adianta, por exemplo, dispor do profissional mais bem formado numa determinada área, se ele não for capaz de trabalhar em equipe, de compartilhar conhecimento, de liderar com positividade. E esses atributos só estarão disponíveis para esse profissional se, além da inteligência intelectual, desenvolver também as demais competências. 

  • Uma vez em equilíbrio, como manter esse estado de harmonia entre as quatro inteligências?

Com amor-próprio e perdão. Para estar integrado e em harmonia, nós também precisamos aceitar que somos e seremos imperfeitos. A busca pela perfeição é uma das maiores causas de desequilíbrio nas pessoas. Porque acreditam que podem e serão livres de falhas, cada vez que se deparam com os próprios erros e inabilidades, elas se punem, se vingam e se maltratam. Neste cenário, fica impossível encontrar harmonia, principalmente porque somos imperfeitos em essência! Nossa missão não é a de nunca mais errar, mas, sim, a de sempre aprender. E isso requer amor-próprio e perdão: eu olho e reconheço que não sou perfeito, que tenho meu bem e meu mal, e que, apesar das minhas falhas, eu mereço amar e ser amada; logo, eu aceito que, de vez em quando, vou errar e vou aprender com meus erros. Simples assim.

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