Estudo mapeia o sedentarismo no mundo – e o Brasil não está bem

Levantamento feito com mais de 700 mil pessoas de 111 países mostra que os brasileiros precisam se mexer mais

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 21 out 2024, 17h37 - Publicado em 18 jul 2017, 17h48
Mulher correndo
 (monkeybusinessimages/Thinkstock/Getty Images)
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Você costuma acompanhar no seu celular quantos passos dá por dia? Acredite: esse é um bom indicador de como anda sua rotina de exercícios físicos. Tanto é que o recurso foi usado por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, para fazer um mapa global do sedentarismo.

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O estudo, publicado na conceituada revista Nature, acompanhou os passos de 717 mil homens e mulheres que vivem em 111 países, durante 95 dias. O aplicativo usado pelos cientistas para coletar informações foi o Azumio Argus, que além de contar passadas também coleta informações como idade, gênero, altura e peso.

Entre os achados mais interessantes dos pesquisadores americanos está um conceito que eles chamam de “desigualdade de atividade”, cuja ideia é a mesma da desigualdade social, em que uns têm mais acesso a dinheiro e oportunidades que outros. “Se você pensar em certas pessoas de um país como ‘ricas de atividade’ e outras ‘pobres de atividade’, o tamanho da diferença entre elas é um forte indicador dos níveis de obesidade naquela sociedade”, comenta o bioengenheiro Scott Delp, um dos autores do artigo.

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No estudo, os experts notaram que essa “desigualdade de atividade” varia entre os países e, se ela é alta, são as mulheres que saem perdendo. “Quando a desigualdade é grande, as mulheres se exercitam muito menos do que os homens, de modo que os fatores negativos ligados à obesidade as afetam mais”, analisa o cientista da computação Jure Leskovec, que também assina o trabalho.

Ranking

Hong Kong é o país em que as pessoas mais caminham: são 6880 passos por dia. Em seguida estão China (6189 passos), Ucrânia (6107 passos), Japão (6010 passos) e Rússia (5969 passos). Vale destacar, no entanto, que esses números ainda estão longe da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que devemos dar no mínimo 10 mil passos diariamente para ter uma vida ativa.

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Quando se analisa a desigualdade de atividade entre os gêneros, é a Suécia que se destaca – lá, homens e mulheres andam bastante e em frequências parecidas (a média de passos diários é de 5863 no país nórdico).

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Na outra ponta do ranking, as cinco nações mais sedentárias são Indonésia (3513 passos), Arábia Saudita (3807 passos), Malásia (3963 passos), Filipinas (4008 passos) e África do Sul (4105 passos). Em relação às diferenças dos passos que homens e mulheres dão por dia, o Catar apresenta a maior desigualdade.

E o Brasil?

No estudo de Stanford, dá para ver que ainda temos muito o que melhorar por aqui. De acordo com a pesquisa, a média de passos do brasileiro durante as 24 horas de um dia é de 4289 – o que nos coloca na 40ª posição numa lista de 46 países. No ranking da desigualdade de atividade por gênero, somos a 29ª nação, atrás de países como Taiwan, Romênia, Chile e Egito.

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