Agachamento descalço: como melhorar sua performance no treino
Fazer o exercício sem tênis colabora ou não com o seu desempenho? Profissional responde!
O agachamento está entre um dos exercícios mais potentes para o fortalecimento e a definição dos glúteos. Mas, uma dúvida que aparece entre os praticantes é a respeito do calçado ou se é possível fazer agachamento descalço. Isso traz ou não melhoria na execução do movimento?
“Fazer agachamento descalço nada mais é do que você melhorar a sua percepção de contato com os pés no chão. Assim, você consegue perceber mais o contato do pé no chão”, explica o personal trainer Caio Signoretti, em um vídeo publicado no Youtube.
O personal completa que você pode sim fazer usando tênis, porém, saiba escolher bem o calçado.
Sabemos que o conforto é um dos grandes aliados para que não haja risco de lesões ou machucados indesejados. Já trouxemos aqui sobre o treino de inferiores com tênis reto, onde especialistas trouxeram os benefícios para ter bons resultados na execução.
Porém, alguns praticantes de musculação preferem deixar o tênis de lado e treinar ou descalço ou sem tênis. Isso é bom ou ruim?
“Isso é positivo para as pernas. O treino descalço está indicado para treinos específicos com treinos domiciliares e em studios, além das situações de levantamento terra e agachamento com cargas leves”, explica Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva do hospital Albert Einstein e da Rede D’Or.
Já o também ortopedista Dr. Fernando Jorge, especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril, “treinar descalço ou com meias tem benefícios e riscos, dependendo da atividade”. O profissional explica nos pontos a seguir:
Benefícios:
- Propriocepção Aprimorada: O contato direto com o solo estimula terminações nervosas dos pés, melhorando equilíbrio e ativação muscular
- Ativação do Core e Glúteos: Movimentos como levantamento terra descalço podem aumentar o recrutamento muscular devido à maior conexão com o solo
- Correção Postural: Favorece a distribuição natural do peso, reduzindo compensações musculares
Riscos:
- Impacto e Lesões: Em exercícios de alto impacto (saltos) ou com cargas muito pesadas, a falta de amortecimento aumenta o estresse em tendões e ligamentos
- Higiene e Segurança: Ambientes públicos (academias) podem expor a riscos de infecções ou cortes.
3 variações de agachamento que você deve incluir em sua rotina de treino
“Todos os agachamentos tem como principal foco os músculos quadríceps e glúteos. Contudo, a depender da técnica e do equipamento, podem enfatizar também os músculos estabilizadores da coluna e os músculos adutores do quadril. É um dos principais exercícios quando o objetivo é aumentar a força, potencia e massa muscular dos membros inferiores”, explica Guilherme Leme, gerente técnico da Bio Ritmo.
O profissional listou a seguir 3 importantes tipos de agachamento e seus objetivos no treino:
Agachamento Livre com Barra
Guilherme explica que esse é um exercício de maior complexidade que exige grande ativação dos músculos estabilizadores da coluna (abdominais e paravertebrais) e dos membros inferiores – foco em quadríceps e glúteos.
“A depender da amplitude que se aplica, o glúteo e os adutores da coxa são mais exigidos, como no Agachamento Profundo, onde os joelhos atingem mais de 110 graus de flexão. Esta, uma opção mais avançada”, afirma.
Agachamento Máquina (smith)
Para Guilherme, essa variação de agachamento é uma opção menos complexa e mais estável, onde os músculos estabilizadores são muito menos demandados e o foco principal fica para os músculos que envolvem joelho e quadril – quadríceps na extensão dos joelhos e glúteos na extensão do quadril. “Pode ser feito por quem ainda não tem o domínio técnico da variação livre”, completa.
Agachamento Búlgaro
Essa é uma variação unilateral do agachamento, onde um dos pés fica suspenso, apoiado em um banco ou step, enquanto a outra perna é a responsável por produzir a força. Neste cenário, apenas o glúteo e o quadríceps da perna que está no chão são o foco, mas a instabilidade lateral também aumenta a participação dos abdominais e do glúteo médio, responsável por abduzir e estabilizar a pelve.
“Nesse exercício é recomendado que se coloque carga externa com cautela e de maneira gradual, pois pode ser uma barreira para uma boa execução do movimento”, complementa o especialista da Bio Ritmo.
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