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Remada baixa x puxada na frente: quando usar cada uma?

As duas fortalecem as costas, mas cada uma ativa músculos diferentes e atende objetivos distintos

Por Helena Saigh
9 dez 2025, 20h00 •
Costas fortes e musculosas
Remada e puxada trabalham o dorso por ângulos diferentes e se complementam no treino. (drobotdean/Freepik)
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  • Fortalecer as costas é essencial não só para estética, mas também para postura, prevenção de dores e funcionalidade no dia a dia. Entre os exercícios mais populares para essa região estão a remada baixa e a puxada na frente. À primeira vista, ambos parecem similares, mas a forma como envolvem a musculatura muda bastante, e isso influencia diretamente qual deles vale mais a pena incluir no treino dependendo da sua meta.

     

     

    A seguir, explicamos como funciona cada movimento e quando escolher cada um.

    O que trabalha a remada baixa?

    De acordo com o educador físico Guilherme Leme, gerente técnico da Bio Ritmo, a remada baixa enfatiza sobretudo os músculos dorsais. Ele explica que o exercício também envolve a ação dos flexores dos cotovelos, como o bíceps braquial, o braquial anterior e o braquiorradial, o que faz da remada um movimento completo para quem busca força e definição na parte superior do corpo.

    Por ser feita com os cotovelos próximos ao tronco e com o tronco mais estabilizado, a remada baixa costuma ser indicada para quem quer melhorar a postura, fortalecer as escápulas e aumentar a espessura das costas.

    Um estudo comparativo disponibilizado no Repositório da Universidade Federal do Ceará, que analisou a atividade eletromiográfica dos músculos durante diferentes exercícios de tração, observou que a remada baixa apresentou maior ativação do bíceps braquial do que a puxada na frente. 

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    Para que serve a puxada na frente?

    A puxada na frente trabalha o dorso em um ângulo diferente, permitindo maior alongamento do latíssimo e uma amplitude mais ampla. Por isso, costuma ser popular entre quem busca “abrir” as costas e aumentar a largura da região, criando o formato em V.

    No mesmo estudo da Universidade Federal do Ceará, a puxada na frente mostrou maior ativação do latíssimo do dorso em comparação à remada, indicando que esse movimento é especialmente eficiente para trabalhar a parte externa da dorsal.

    Além disso, uma pesquisa publicada no Journal of Strength and Conditioning Research avaliou diferentes variações da puxada vertical e concluiu que a ativação do latíssimo permanece consistente independentemente do tipo de pegada, o que reforça a eficiência do exercício para construção de amplitude e largura nas costas.

    A importância da técnica para prevenir dores

    Um treino de musculação bem planejado ajuda não só na estética, mas também na saúde da coluna. “A musculação, quando executada do jeito correto e com progressão gradual de carga, é uma grande aliada para o alívio de dores nas costas”, reforça o Dr. Daniel Oliveira, ortopedista especialista em coluna vertebral e sócio do Núcleo de Ortopedia e Traumatologia de Belo Horizonte.

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    Ou seja: escolher o exercício certo, na técnica certa, faz diferença real para quem já sofre com incômodos lombares ou quer evitar lesões futuramente.

    Quando usar cada um no treino

    Use a remada baixa se a sua prioridade é:

    • Ganhar força geral nas costas;
    • Melhorar a postura e a retração das escápulas;
    • Aumentar a espessura e a definição da parte média do dorso.

    Use a puxada na frente se você quer:

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    • Aumentar a largura das costas;
    • Aprender a ativar o latíssimo de forma mais eficiente;
    • Melhorar o desempenho em exercícios como barra fixa.

    Treinos completos geralmente incluem as duas, já que os ângulos diferentes garantem um trabalho mais global da musculatura.

    A remada baixa e a puxada na frente são exercícios complementares, não concorrentes. Cada uma ativa o dorso de um jeito específico e favorece metas distintas. Por isso, a melhor escolha depende do seu objetivo e do seu nível de treino. Para resultados mais completos, tanto estéticos quanto funcionais, vale combinar as duas variações ao longo da semana e ajustar cargas e pegadas com orientação profissional.

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