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Asma interfere na atividade física de 74% das mulheres com a doença

O problema respiratório, que atinge 20 milhões de brasileiros, não deve ser uma barreira. Saiba por quê!

Por Daniela Bernardi
Atualizado em 28 out 2016, 22h23 - Publicado em 18 ago 2015, 15h01

Faça um teste: respire pela boca por meio de um canudinho. Difícil, não? Essa é a sensação que pessoas com asma (20 milhões de brasileiros!) têm ao tentar inspirar o ar durante o dia. “A doença inflamatória provoca o estreitamento das vias aéreas, o que causa falta de ar, tosse e aperto no peito”, diz Clystenes Odyr Soares, pneumologista da Unifesp. No país, uma pessoa morre a cada 4 horas devido complicações, dentre elas, parada cardiorrespiratória.

Imagine, então, praticar atividade física assim! Segundo uma pesquisa encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim e divulgada hoje, 74% das brasileiras com asma disseram ter dificuldades ao se exercitar. “Você não pode se limitar por causa da doença. Pelo contrário, o esporte libera adrenalina, o que ajuda a dilatar os brônquios, facilitando a respiração”, orienta Clystenes. A exceção está nas piscinas com cloro, produto que pode piorar os sintomas (prefira as com água salinizada). “Se for correr, use a bombinha de controle 15 minutos antes.”

Mas mesmo que a atividade física não seja proibida, é imprescindível controlar a doença para afastar as crises graves (a pesquisa também mostrou que apenas 53% dos pacientes se tratam). A novidade no mercado é o Spiriva Respimat, um novo bronquiodilatador que deve ser utilizado pela manhã como complemento aos medicamentos de manutenção. “Os estudos mostraram que há uma melhora significativa na capacidade respiratória nas 23 horas seguintes ao uso, assim como na frequência de crises graves”, diz a médica Letícia Orsatti, da Boehringer Ingelheim. A Anvisa já liberou o Spiriva, que vem acompanhado com um novo inalador. “O dispositivo permite que o medicamento chegue três vezes mais aos pulmões, uma vez que não precisa ser inspirado.”