Continua após publicidade

Os probióticos ajudam a emagrecer e até a controlar a ansiedade, sabia?

Essas bactérias do bem protegem o intestino e reforçam a imunidade. Resultado: pele lisa e até quilinhos a menos. A mais nova descoberta é que os probióticos também deixam você calminha, calminha!

Por Natália Rangel
Atualizado em 21 out 2024, 19h29 - Publicado em 6 mar 2016, 14h26
nensuria / Thinkstock / Getty Images
nensuria / Thinkstock / Getty Images (/)
Continua após publicidade

Bactérias vivas e batalhadoras (elas resistem ao processo de digestão e chegam intactas ao intestino), que só fazem bem à nossa saúde. Assim são os probióticos, que, você sabe, ajudam a combater os microrganismos inimigos, aqueles relacionados à produção excessiva de gases, prisão de ventre e à má absorção de nutrientes. O exército aliado faz mais ainda: “Associado a uma dieta saudável, rica em fibras e adequada em água, ele auxilia na produção de células protetoras e, com isso, fortalece as nossas defesas”, afirma a nutróloga Ana Luiza Vilela, de São Paulo. Essa tropa, presente principalmente em iogurtes, leites fermentados e em alguns queijos, também reduz o risco de obesidade e, segundo estudos científicos atuais, acelera a cicatrização da pele, além de prevenir doenças emocionais, como a ansiedade. Descubra aqui como ela entra em ação para promover esses e outros benefícios.

 

Relax baby

Ansiosa? Desconte nos probióticos! O consumo regular das bactérias Bifidobacterium e Lactobacillus, as espécies mais comuns nos alimentos fermentados, foi associado a uma redução nos episódios de emoções negativas. Em um dos estudos mais atuais sobre o assunto, publicado na revista científica americana Psychiatry Research, os participantes com personalidade instável se mostraram menos tensos após seguirem uma dieta farta nesses microrganismos. Isso revela que a microbiota (nome atual para a flora intestinal) tem participação na comunicação entre o intestino e o sistema nervoso central. Quando há algum tipo de problema nesse diálogo, as informações transmitidas ao cérebro pela serotonina (95% desse neurotransmissor do bemestar são produzidos no intestino, lembra?) chegam de maneira distorcida. Os sintomas são impaciência e inquietação.


Boca livre

Pode aposentar a balinha de hortelã! Os probióticos diminuem o mau hálito, além de reduzir a incidência de cárie e gengivite, segundo um estudo da Universidade Internacional da Catalunha, na Espanha, publicado no periódico inglês Archives of Oral Biology. As bactérias espantam ainda o fungo Candida albicans, que causa a candidíase oral – o famoso sapinho.

Bye-bye gordurinhas

Sua preocupação é com a balança? Os bichinhos do bem reduzem os processos inflamatórios nas células de gordura, o que favorece a perda de peso. O tipo gasseri (lacbobacilo isolado do leite materno) se mostrou promissor especialmente na redução da gordura visceral. “Ainda são necessários mais estudos com esse probiótico. Porém, sabe-se que ele melhora o ambiente do intestino e diminui a gordura entre os órgãos”, explica o gastroenterologista Thiago Szelgo, de São Paulo.

Continua após a publicidade


Beleza protegida

Dá para sentir na pele os efeitos positivos dos microrganismos do bem. Eles criam uma barreira contra os agentes inflamatórios que favorecem o aparecimento de acne e rosácea (vermelhidão no rosto, principalmente nas bochechas). “Os probióticos são ainda capazes de melhorar a hidratação e a elasticidade da pele, segundo um estudo japonês, de 2014. Com isso, essas bactérias aliadas previnem rugas e flacidez”, comenta a dermatologista Isabela Buanain, de São Paulo. No último Congresso Internacional de Nutrição Funcional, a nutricionista Eliane Tagliari, de Curitiba, especializada em nutrição estética, destacou outras ações benéficas na pele reveladas em estudos científicos recentes: “Além de agir como fotoprotetores e, com isso, diminuir o stress provocado pela radiação UV, os probióticos são fundamentais para uma boa cicatrização da pele”. Essa é uma ótima dica para quem estiver com uma cirurgia agendada.

Drible nas alergias

Continua após a publicidade

O probiótico L. casei (encontrado em alguns leites fermentados) foi associado ao atraso de sintomas alérgicos, como a sinusite. Mas qualquer espécie, quando em bom número, defende o organismo de diferentes tipos de infecção, além de manter o resfriado à distância. Isso porque eles disputam o território com os agentes alergênicos e quase sempre ganham a batalha. “As bactérias do bem ainda expulsam as toxinas e aumentam a absorção de vitaminas e minerais”, diz a nutróloga Ana Luiza.

Xixi sem dor
Longe do Candida albicans, você se livra de outro incômodo, a candidíase vaginal. “Os microrganismos causadores de infecções urinárias e vaginoses (que ocorre quando há desequilíbrio da flora vaginal) também perdem espaço. Isso graças à imunidade promovida pelos probióticos”, afirma a ginecologista Heloisa Brudniewski, de São Paulo.


VAI UMA CÁPSULA?

Stress, excesso de açúcar, gorduras e remédios enfraquecem o exército de bactérias boas no intestino. Por isso, dependendo da sua alimentação e do seu ritmo de vida, os probióticos na forma de suplementos (à venda em cápsula e pó) são muito bem-vindos. Mas evite comprar esse tipo de produto sem orientação de um médico ou nutricionista. “Além de existirem muitas espécies capazes de proteger o intestino, a concentração adequada é específica para cada paciente”, avisa a nutricionista Fernanda Shumaker, de São Paulo. Detalhe: como as bactérias probióticas não sobrevivem por muito tempo no nosso organismo, elas devem ser consumidas com frequência – seja na forma de suplemento ou alimentos.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.